Na madrugada deste sábado (21), a Lua alcançará o periélio, que é o ponto de sua órbita mais próximo do Sol. Isso acontece às 2h15, quando ela estará a 0,9817 unidades astronômicas (UA) da nossa estrela hospedeira –  algo em torno de 150 milhões de km. (Todos os horários aqui mencionados têm como referência o fuso de Brasília).

Posição dos astros no céu no momento exato em que a Lua estará em seu ponto mais próximo do Sol, chamado periélio, neste sábado (21). Imagem: Solar System Scope

Como a Lua vai começar a passar entre a Terra e o Sol nesse mesmo dia, ela estará na fase nova, período em que sua face iluminada não está voltada para nós, motivo pelo qual dificilmente conseguimos observá-la a olho nu.

A lua nova marca o início do mês em calendários lunares, como o muçulmano, e nos calendários lunissolares, tais como o judaico, o hindu e o budista.

Uma lunação ou ciclo lunar, como é chamado o intervalo de tempo entre luas novas, é sutilmente variável, com média de duração de 29,5 dias. Durante esse período, ela passa pelas quatro fases principais (nova, crescente, cheia e minguante), e cada uma se prolonga por aproximadamente sete dias.

Também existem as “interfases”: quarto crescente e crescente gibosa (entre as fases nova e cheia) e minguante gibosa e quarto minguante (entre a cheia e a minguante).

Segundo a plataforma InTheSky.org, algumas horas mais tarde, às 17h57, ela chega ao perigeu, que é o ponto de sua órbita mais próximo da Terra. No perigeu, nosso satélite natural chega a ficar até 14% mais brilhante no céu, quando visível.

Imagem: Triff – Shutterstock (Terra/fundo) – Edição: Olhar Digital

A distância da Lua em relação à Terra varia porque sua órbita não é perfeitamente circular – é ligeiramente oval, traçando um caminho chamado uma elipse. À medida que ela atravessa esse caminho elíptico ao redor do nosso planeta a cada mês, sua distância varia entre 356.500 km no perigeu e 406.700 km no apogeu.

Isso nem sempre acontece

Não é sempre que a Lua alcança os dois pontos no mesmo dia. Em outubro do ano passado, por exemplo, houve um intervalo de dois dias entre os eventos. Já em dezembro, o periélio foi atingido em uma noite, e o perigeu na tarde seguinte.

Na próxima semana, teremos as duas últimas conjunções lunares de janeiro. O astro iniciou o mês “visitando” Urano, logo no dia 1º, passando depois por Marte (3) e Mercúrio (20). Na terça-feira (23), será a vez de Saturno (23), seguido de Júpiter (25) e, novamente, Urano (29) e Marte (31).

Essa série de conjunções ocorre porque a Lua orbita a Terra aproximadamente no mesmo plano em que os planetas orbitam o Sol, chamado plano da eclíptica.

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