Os beneficiários do Bolsa Família (antigo Auxílio Brasil) não vão precisar trocar nem atualizar seus cartões. É o que informou o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, pasta do governo federal, quando a leva de 2023 dos pagamentos do benefício começou.

De acordo com a pasta, os cartões do Auxílio Brasil seguem válidos para saques e movimentações. As transferências continuam sendo feitas conforme o último dígito do NIS (Número de Inscrição Social). Atualmente, 8,5 milhões dos 22 milhões de beneficiários têm cartões de débito do benefício.

A equipe do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) analisa distribuir cartões para os demais, que, por ora, só conseguem usar o benefício por meio do aplicativo da Caixa.

Próximos passos

Mulher segurando cartão do Bolsa Família
Governo Lula vai passar pente-fino para recalibrar o Bolsa Família (Imagem: Senado Federal)

O governo Lula vai revisar o número total de beneficiários do Bolsa Família, que “herdou” os cadastrados no Auxílio Brasil, de acordo com o ministro Wellington Dias, do Desenvolvimento Social.

A equipe do presidente também vai revisar a política de inclusão de novos beneficiários, por suspeita de fraudes no CadÚnico (Cadastro Único para Programas Sociais). Segundo o ministro Dias, atualmente existem pessoas que recebem o Bolsa Família sem precisar.

Disso tudo, vai sair uma MP (Medida Provisória) para reestruturar o benefício. A ideia é que o documento defina as condições exigidas para fazer parte do programa e receber o Bolsa Família. Entre elas, estão: matrícula das crianças e adolescentes na escola e vacinação em dia.

Após esse pente-fino do governo federal, o número de beneficiários do programa de transferência de renda – que hoje passa dos 20 milhões – deve cair.

Verba do Orçamento

Notas de dinheiro com moeda em cima
A verba do Orçamento para programas sociais fez parte dos embates entre Lula e Bolsonaro na corrida eleitoral em 2022 (Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

Este foi um dos pontos que protagonizaram os embates entre Lula e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante a corrida eleitoral em 2022.

Isso porque o Auxílio Brasil (nome dado pelo governo Bolsonaro ao programa criado no primeiro mandato de Lula) era de R$ 400 por membro da família. Aí, no segundo das eleições, ele subiu para R$ 600, mas com data para acabar: dezembro de 2022.

Logo que assumiu a presidência, Lula assinou uma MP envolvendo o benefício, que, agora, volta a se chamar Bolsa Família. O documento manteve o pagamento de R$ 600 até, pelo menos, dezembro de 2023. Já o pagamento adicional de R$ 150 por criança de até seis anos será pago a partir de março, segundo o ministro Dias.

Fonte: UOL

Imagem de destaque: antigo Ministério da Cidadania