Um grupo de 40 funcionários do YouTube Music do escritório do Google em Austin, no Texas (EUA), entraram em greve na sexta-feira (3) por “práticas trabalhistas injustas” que visam evitar o movimento sindical. Em uma eleição, todos os envolvidos votaram sim pela sindicalização, ação que estaria agora sofrendo retaliações.
De acordo com informações do Engadget, está é a primeira vez que um grupo de trabalhadores afiliados ao Google entra em greve. Após a sindicalização, a Cognizant, subcontratada da Alphabet, comunicou que a equipe começaria a trabalhar presencialmente na segunda-feira (6), no entanto, o grupo alega que a maioria foi contratada remotamente — com alguns nem morando no Texas — e que o retorno abrupto é uma forma de resposta negativa à associação ao sindicato.
Os trabalhadores, representados pelo sindicato Alphabet Works Union-CWA (AWU-CWA), também recorreram ao Conselho Nacional de Relações Trabalhistas (NLRB) para serem reconhecidos como “empregados conjunto” pela Cognizant e pela Alphabet; a designação forçaria a Alphabet a negociar com base nas leis trabalhistas dos Estados Unidos.
Em comunicado, a Cognizant disse que os planos de retorno ao escritório foram anunciados em dezembro de 2021. Em declaração ao portal gringo Engadget, um porta-voz da empresa explicou que a companhia “respeita o direito de nossos associados de discordar de nossas políticas e de protestar contra elas legalmente. No entanto, é decepcionante que alguns de nossos associados tenham optado por entrar em greve devido a uma política de retorno ao escritório que lhes foi comunicada repetidamente”.
“Os associados que trabalham neste projeto aceitaram seu emprego com o entendimento de que estavam aceitando cargos no escritório, e que a equipe trabalharia junta em um local físico em Austin.”
Embora a greve seja, de fato, a primeira paralisação com exigências trabalhistas, em 2018, 20 mil funcionários de 50 escritórios do Google interromperam suas atividades em uma resposta à prática da empresa de negociar com executivos acusados de má conduta.
Andy Rubin deixou o Google em 2014 de forma amigável e, na época, como se fosse por vontade própria. Mais tarde, foi revelado que ele estava sob uma investigação da empresa por “relacionamento inadequado”. Segundo o New York Times, Rubin recebeu US$ 90 milhões para sua saída.
A criação de um sindicato pelos funcionários do Google ocorreu no início de 2021. Na época, mais de 200 funcionários anunciaram planos para buscar a sindicalização junto ao Communications Workers of America (CWA). Intitulado Alphabet Workers Union, o sindicato é aberto para todos os funcionários contratados pela Alphabet.
Fonte: Olhar Digital
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