A linha Galaxy S23 foi lançada no começo deste mês no Brasil e todos os novos potentes celulares da marca coreana não chegam com conexão para a rede de satélites da Qualcomm. A informação foi confirmada pela Qualcomm, afirmando que o Snapdragon 8 Gen 2 for Galaxy não conta com o modem necessário para esta ferramenta funcionar.
Na CES deste ano, que aconteceu durante o mês de janeiro em Las Vegas, nos Estados Unidos, a Qualcomm mostrou ao mundo o Snapdragon Satellite. Ele é uma resposta para os chamados de emergência a partir do iPhone 14, mas sem a limitação de uso apenas em alguns países.
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A possibilidade deste tipo de conexão existe com ajuda de um pequeno modem dentro do chip Snapdragon 8 Gen 2, que consegue encontrar o satélite mais próximo e utiliza a rede Iridium para isso. Esta constelação já conta com cobertura em todo o planeta, com precisão de cerca de 30 metros e permite seu acesso até no meio do oceano, mas não no Galaxy S23 – nem no Ultra.
Em entrevista para o Olhar Digital, Luiz Tonisi, presidente da Qualcomm para América Latina, disse que na customização do Snapdragon 8 Gen 2 for Galaxy, a Samsung escolheu não incluir o modem necessário para este tipo de conexão com os satélites da rede Iridium. Isso significa que a ferramenta nem mesmo aparecerá em uma atualização do futuro.
Em outras palavras: nenhum Galaxy S23 lançado agora tem o equipamento necessário para conseguir utilizar o Snapdragon Satellite. TM Roh, presidente da Samsung para a área de celulares, comentou para o CNET que a marca coreana deve apostar neste tipo de tecnologia em algum momento do futuro.
“Quando o momento certo chegar, quando a infraestrutura e tecnologia estiverem prontas, então claro que os Samsung Galaxy poderão adotar este recurso”, comentou Roh.
Uso do satélite pode ser gratuito (ou não)
Luiz Tonisi explicou que, diferente de como a Apple trabalha com sua conexão via satélite, o Snapdragon Satellite pode ser gratuito, mas isso vai depender do acordo feito diretamente com a operadora de celular. “Esse serviço, ele vai depender muito dos planos das operadoras e como será lançado no Brasil”, comentou o executivo.
“O custo vai depender de cada operadora. Hoje, por exemplo, o Wi-Fi do avião é pago, ou então a operadora dá de graça, de acordo com o plano que você tem. A gente vai conversar com todas as operadoras do Brasil, na medida em que o portfólio de aparelhos aumenta”, disse Tonisi.
Ao Olhar Digital, Luiz Tonisi ainda comentou que as operadoras de telefonia poderão oferecer este serviço de comunicação por satélite em uma assinatura separada, nos moldes de como funciona o roaming internacional em algumas delas.
Fonte: Olhar Digital
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