Um dos maiores jogadores de todos os tempos, Diego Maradona nos deixou em 2020. Quis a história que “El Pibe de Oro” não pudesse assistir, ao menos no plano terreno, ao renascimento da seleção da Argentina e, agora, do Napoli.
Atual líder do Campeonato Italiano, a equipe napolitana faz campanha irretocável sob o comando de Luciano Spaletti. Em 21 jogos, são 18 vitórias, dois empates e apenas uma derrota, diante da Internazionale.
No topo da tabela, os Azzurri somam 56 pontos e levam 13 de frente para o algoz Inter. A equipe tem o melhor ataque da competição, com 51 gols, e também a melhor defesa, com apenas 15 gols sofridos.
Muito do possível fim do jejum do Napoli pode ser creditado a uma dupla que tem feito estragos em 2022/23 – Victor Osimhen, o artilheiro da Serie A, e Khvicha Kvaratskhelia, principal garçom da disputa.
Pela terceira vez na carreira, o nigeriano Osimhen atingiu as 20 participações para gol. A diferença é que, na atual temporada, o atacante precisou de apenas 21 jogos para anotar 17 gols (sendo 16 na Serie A) e três assistências – quase uma participação por jogo em média.
Já Kvaratskhelia, de apenas 21 anos, foi uma contratação “fora do radar” que caiu como uma luva em Napoli. O atacante soma 12 assistências (nove delas no Italiano) e 10 tentos, totalizando 22 participações para gol até aqui.
A fé muitas vezes é o que nos move a atravessar os percalços. Diego Maradona foi e é um dos jogadores mais cultuados da história até com uma igreja em sua homenagem, a Igreja Maradoniana.
Se houve uma dose de fé, ou se foi apenas o acaso, não podemos dizer. O fato é que, depois de 28 anos, a seleção argentina voltou a levantar um troféu com a conquista da Copa América de 2021. O ídolo maior, Don Diego, havia morrido há cerca de oito meses.
O ano de 2022 seria ainda mais marcante para a Albiceleste. Com atuação essencial do discípulo Lionel Messi, a Argentina faturou também a Copa do Mundo depois de uma espera de 36 anos.
Agora é a vez do Napoli, equipe do sul da Itália, voltar a encantar como fez nos tempos de Maradona. No atual século, apenas a Roma se intrometeu entre Juventus, Inter e Milan.
Desde 1990, ano do último título do Napoli, Sampdoria e Lazio foram as outras duas vezes “fora do eixo” a vencerem a Serie A. De lá para cá, os napolitanos foram quatro vezes vice-campeões.
Guiado pela dupla Osinhem-Kvaratskhelia, o Napoli pode dar mais uma passo na “canonização” de Diego Maradona. Do Olimpo, Maradona observa mais uma história sendo (re) escrita.
Fonte: Ogol
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