De acordo com relatório da consultoria Janco Associates, o mercado de trabalho de tecnologia da informação (TI) desacelerou pela primeira vez nos EUA após dois anos aquecido. Segundo a análise, os dados são um sinal de que funcionários de TI estão começando a enfrentar o que diversas áreas do setor de tecnologia já estão vivendo: o corte de custos, justificativa para as demissões em massa.
A empresa explicou ainda que as funções dos antigos colaboradores seriam absorvidas por outras equipes, excluindo as vagas.
Conforme o The Wall Street Journal, os cargos de TI que estão sendo “excluídos” são àqueles relacionados as operações de data center e telecomunicações. Gerentes e funcionários “não essenciais” também estão entrando para a lista.
Por outro lado, a pesquisa também descobriu que mais de 109 mil empregos de TI permanecem vagos devido à falta de candidatos qualificados, refletindo a lacuna de habilidades em áreas como segurança cibernética — principal skill, visto que o número de ataques hackers continua crescendo — e desenvolvimento de software.
“Há uma demanda excessiva por mão de obra de TI, que continuará favorecendo aqueles que procuram emprego em TI”, disse Christopher Gilchrist, analista principal da Forrester Research Inc., ao jornal americano. Para ele, isso ainda “salvará” alguns empregos quando comparado a situação de outros departamentos.
“A guerra por talentos é muito real”, acrescentou Sriram Sitaraman, CIO da fabricante de semicondutores Synopsys. Porém, a prioridade não é mais só recrutar, mas planejar isso “com custos de recrutamento reduzidos”.
Há ainda companhias que estão optando pelo treinamento da equipe atual, adicionando novas habilidades, como aprendizado de máquina e automação — algo que desafoga as altas demandas e prazo curto.
“Não precisa ser muito agressivo com cortes de curto prazo que inevitavelmente os forçarão a recuperar o atraso no longo prazo”, afirmou Gilchrist, explicando que reposicionar a equipe para se concentrar nos pontos fortes do negócio pode ser a melhor opção.
Com informações do The Wall Street Journal
Fonte: Olhar Digital
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