Se tem uma negociação que desde que foi anunciada tem abalado as estruturas do mundo gamer é a compra da Activision Blizzard pela Microsoft. Em mais um capítulo da aquisição, uma reguladora antitruste do Reino Unido concluiu que a fusão das companhias pode prejudicar jogadores.
Entre outras opções, a CMA ofertou também a venda separada da Activision e Blizzard ou a proibição total da fusão. Contudo, nem tudo está perdido. O órgão afirmou que para aliviar suas preocupações e dar chances às empresas irá permitir que elas proponham soluções viáveis que afastem o risco identificado.
A conclusão da CMA é provisória e não significa que o regulador irá bloquear o negócio (ao menos por ora).
Microsoft diz que não irá tirar o CoD de plataformas rivais
Para a CMA, o Call of Duty e outras franquias serão importantes para o crescimento do streaming na nuvem da Microsoft, o que pode eliminar a concorrência tornando esses jogos exclusivos para sua oferta na nuvem.
Em resposta à conclusão da reguladora, a Microsoft reforçou seu compromisso de conceder acesso igualitário e de longo prazo aos jogos do CoD em plataformas rivais, como PlayStation e Nintendo Switch. No entanto, o órgão explicou que prefere uma solução mais estrutural, como remover a Activision do acordo como um todo — vender a companhia separada da Blizzard.
Estamos comprometidos em oferecer soluções eficazes e facilmente executáveis que atendam às preocupações do CMA. Nosso compromisso de conceder acesso 100% igualitário de longo prazo a Call of Duty para Sony, Nintendo, Steam e outros, preserva os benefícios do acordo para jogadores e desenvolvedores e aumenta a concorrência no mercado. 75% dos entrevistados na consulta pública da CMA concordam que este acordo é bom para a concorrência nos jogos do Reino Unido.
Vice-presidente corporativo da Microsoft, Rima Alaily, ao VCG.
A Microsoft e a Activision anunciaram a parceria no início de 2022, com uma oferta de US$ 69 bilhões pela desenvolvedora. Vale lembrar que, desde o anúncio, as companhias enfrentam duras imposições para fechar o acordo — que também passam por investigações nos EUA. As empresas têm até 1º de março para enviar propostas e respostas sobre a conclusão da CMA. O relatório final deve ser entregue até 26 de abril.
Com informações do VCG
Fonte: Olhar Digital
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