Quantas vezes alguém já te pediu para sair de casa e ver como a Lua estava bonita? Quantos versos romantizaram o mistério dela? A Lua nos cativa, em todas as suas formas e fases. Mas sua influência na Terra vai muito além de nos entreter.
Se o satélite natural não existisse, nosso cotidiano seria radicalmente diferente – e muito mais caótico. E se ele desaparecesse, seria praticamente o apocalipse. O Olhar Digital te leva numa viagem por esses dois universos paralelos. Aperte os cintos.
Se a Lua não existisse
Para começar, os meses também não existiriam. Dividimos o ano assim porque é, aproximadamente, o tempo que o satélite natural demora para dar uma volta na Terra. Ou você acha que é apenas coincidência um mês durar quatro semanas e a Lua ter quatro fases? Pois é.
Além disso, o planeta giraria mais rápido e os dias durariam apenas quatro horas: duas de sol, duas de noite. Como se não bastasse, um ano duraria quase três dias. Isso porque o satélite natural funciona como uma espécie de freio para a rotação e translação da Terra.
Acelerar a alternância entre dia e noite, consequentemente, aumentaria o passo do nosso metabolismo. Quanto maior a velocidade do metabolismo, menor o tempo de vida. Resultado: envelheceríamos bem mais rápido – nível “chegar aos 20 com corpo de 60” de rápido.
Por fim, as estações do ano ficariam bagunçadas. É a inclinação da Terra que as determina. E é a Lua que mantém essa inclinação estável. Sem ela, um dia seria inverno, no outro seria verão – todos com temperaturas letais para humanos. Nessa bagunça, também perderíamos datas comemorativas relacionadas às estações. Entre elas, estaria o Natal (antes de ser adotada pela Igreja como o nascimento de Jesus, era uma festa para marcar a noite mais longa do ano no hemisfério norte).
Se a Lua desaparecesse
Considerando que o desaparecimento misterioso rolasse depois das 18h, a mudança imediata seria a noite ficar totalmente escura. O lado bom é que as estrelas se acenderiam mais no céu. Mas nunca mais desfrutaríamos de eclipses solares nem lunares.
Outra consequência desse sumiço seria o desaparecimento das marés nos oceanos e mares, causadas pela gravidade da Lua. Elas não cessariam totalmente, porque a gravidade do Sol puxaria. Mas, em comparação ao efeito lunar, teria metade da força. Eventualmente, o clima da Terra passaria por mudanças drásticas.
Falando em clima, o eixo de rotação do planeta poderia acabar se alinhando na direção do Sol. Com isso, uma parte da Terra torraria sob a luz escaldante, enquanto a outra mergulharia na escuridão. Permanentemente. E as diferenças térmicas gigantescas causariam ventos acima de 300 km/h. A vida, então, só seria viável na região do equador.
No fim, os ritmos vitais de animais (por exemplo: migrações, cio, hibernação etc) e vegetais mudariam radicalmente. Sem contar que as variações térmicas afetariam o crescimento das plantas. E as chances de extinção maciça de plantas e animais, incapazes de se adaptar a condições tão extremas, seria enorme.
Fontes: El País e Superinteressante
Fonte: Olhar Digital
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