A eliminação do Flamengo para o Al Hilal foi um vexame. Ou não. Nos últimos dez mundiais, metade dos clubes sul-americanos tiveram o mesmo destino. Antes, haviam caído uma única vez…
O estranho debate nas redes sociais ilustra a falência do futebol sul-americano. De um lado, há quem defenda fortemente que a queda do Flamengo foi sim vexatória, assim como o pioneiro Internacional se tornou piada pelo Mazembe, ou o Atlético Mineiro para o Raja Casablanca. Do outro lado, está quem entenda que o Al Hilal mereceu, é um bom time, ou que a arbitragem prejudicou o Fla.
Fato é que, no último Mundial de Clubes com este formato, o recado chegou com atraso, mas merece ser assimilado para a nova competição que só voltará em 2025: antes de se preocupar com o Real Madrid, ou com o campeão da Champions, os sul-americanos têm deixar de acreditar que estão um passo à frente.
No formato em que se extingue nesta temporada, o Mundial de Clubes foi vencido apenas quatro vezes pelos campeões da Libertadores. A última foi em 2012, no título do Corinthians sobre o Chelsea. Desde então, os sul-americanos falharam a chegar na decisão sucessivamente, e não foram apenas os brasileiros, com Atlético Nacional (Colômbia) e River Plate (Argentina) incluídos nesse pacote.
O Mundial parte para um hiato de uma temporada sem ser disputado e promete, segundo os planos da Fifa, voltar remodelado. Para muitos, o “novo Mudial”, maior e com mais clubes europeus, dizimará as chances da América do Sul na disputa. Será? Parece que já eram remotas há muito tempo, e é preciso uma reflexão sobre como se preparar para o futuro.
Fonte: Ogol
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