O projeto da Superliga pode ter caído em desgraça pública em um primeiro momento, mas segue em pauta e agora com a divulgação de novas diretrizes em busca de abrandar as críticas. Com promessas de promover “a melhor experiência” para torcedores e fãs de futebol, a organização propõe a participação de até 80 clubes, sempre com participação por mérito.
Todo o discurso da Superliga começa com um senso de urgência questionável: “O futebol de clubes europeu vive um momento crítico”. Embora a Fifa tenha divulgado recorde de transferências em 2022, com investimentos perto do cenário pré-pandemia, e depois de uma janela recorde em janeiro de 2023, Bernd Reichart, diretor executivo da A22 Sports, empresa que representa os clubes da Superliga, garante que as “fundações do futebol europeu estão ameaçadas” com “bilhões em perdas” em boa parte causadas pelo “descontrole nos gastos”.
A grande mudança no marketing da Superliga passa certamente pelo envolvimento de mais clubes e pela introdução de um sistema baseado em meritocracia. Na primeira versão, a entidade defendia um “clube dos gigantes da Europa” com cadeira cativa e participação de convidados. O lançamento foi um desastre, com críticos entre praticamente todos os intervenientes do futebol, em especial torcedores. Desta vez, a Superliga repaginou seus planos com a inclusão de “60 a 80” clubes, divididos entre divisões e com sistema de acesso e descenso anual e sem “membros permanentes”.
A organização garante ainda que é preciso manter a disputa doméstica como “total compromisso”, ao mesmo tempo em que deve as tornar “mais forte e competitiva”. Uma mensagem clara de “paz” em relação as principais ligas nacionais da Europa, que em um primeiro momento atacaram todas juntas a possibilidade de organização da Superliga.
No centro do discurso estão sempre a qualidade do espetáculo e a sustentabilidade financeira dos clubes. “Um mínimo de 14 jogos europeus garantidos por temporada” para aumentar a “estabilidade e previsibilidade das receitas” é uma das propostas. Ao mesmo tempo, embora acusada de elitista, o novo projeto garante que vai aumentar os investimentos substancialmente para a base do futebol, incluindo “clubes não participantes e causas sociais”, além de financiar e ajudar no desenvolvimento do futebol feminino.
Vale lembrar que a SuperLiga é um projeto encabeçado inicialmente por 12 clubes, sendo Arsenal, Chelsea, Liverpool, Manchester City, Manchester United, e Tottenham Hotspur, da Inglaterra; Internazionale, Juventus e Milan, da Itália; e Atlético de Madrid, Barcelona, e Real Madrid, da Espanha. No entanto, depois dos ataquem em massa, apenas Real, Barça e Juve mantiveram seus apoios publicamente.
Confira aqui as novas diretrizes da Superliga, divulgadas em inglês.
Fonte: Ogol
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