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Exportações de MS iniciam o ano de 2023 com alta de 7,17% puxada por milho, celulose e carnes

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As exportações de Mato Grosso do Sul em janeiro de 2023 cresceram 7,17% relação ao mesmo período do ano passado, fechando em US$ 565,46 milhões, ante US$ 527,63 milhões em janeiro de 2022. O resultado foi puxado pelas vendas externas de milho, celulose, carne bovina, carne de aves e óleos vegetais, conforme os dados na Carta de Conjuntura o Setor Externo de Janeiro/2023, divulgada pela Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação).

O milho aparece como o primeiro produto na pauta de exportações, representando 30,41% do total exportado em termos de valor e com crescimento de 272,12% em relação ao mesmo período do ano passado. O segundo produto é a celulose, com 23,59% de participação e crescimento de 23,08% em termos de valor. Outros destaques positivos vão para o crescimento nas vendas externas de carne bovina (16,25%); gorduras e óleos vegetais (35,03%); carnes de aves (20,49%); açúcar, (70,36%) e minério de ferro (7,86%).

“O crescimento das exportações de milho era esperado, devido aos estoques do grão. Mato Grosso do Sul, no entanto, já deu passos importantes para a absorção dessa produção dentro do nosso Estado, um deles é a produção de etanol. A Inpasa, em Dourados, já iniciou a sua produção industrial e, até o final deste ano, a Neomille, em Maracaju começa a produzir etanol de milho, inclusive, já a partir do mês de julho eles iniciam a compra e estocagem do grão”, lembra o secretário Jaime Verruck, da Semadesc.

Houve crescimento de 41,44% nas importações no mês de janeiro de 2023, puxada pelo gás natural (37,74%) e adubos ou fertilizantes (226,56%). Esse resultado provocou redução no superávit da balança comercial, que fechou o primeiro mês do ano em US$ 287,36 milhões, queda de 13,19% em relação aos US$ 331,01 milhões verificados em janeiro de 2022.

“Queremos aumentar a venda de gás natural no Brasil, via Gasbol. Hoje, existe uma ociosidade média de 30% no gasoduto. Para isso, é necessário ampliar o fornecimento do gás natural, com ativação o gasoduto da MSGás, em Corumbá”, finalizou o titular da Semadesc.

Em relação ao destino das exportações a China se mantém como o principal país comprador dos produtos com origem em Mato Grosso do Sul, representando, neste período, 27,13% do valor total exportado pelo Estado. Os países com maiores aumentos na participação foram: Irã (+1.640,48%) e Coreia do Sul (+721,23%).

Entre os dois principais portos de escoamento dos produtos sul-mato-grossense para o mercado externo, o Porto de Paranaguá concentrou 38,65% das operações, seguido pelo Porto de Santos, com 29,65%. Em janeiro de 2023 houve um aumento de 12,88% nos valores exportados, nesses dois terminais, se comparado ao mesmo período de 2022. Já na alfândega da RFB de Corumbá houve um movimento de operações 68,07% maior no primeiro mês do ano, em relação a igual período do ano passado.

O principal município exportador em janeiro de 2023 foi Três Lagoas, com cerca de 34,06% dos valores exportados, puxado pela produção de papel e celulose. Em seguida, aparecem Dourados, Campo Grande, Corumbá, Maracaju e Sidrolândia.

Marcelo Armôa, Semadesc

Foto: Saul Schramm

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