Do gol ao ataque, Fortaleza reforça todos setores por mais um ano em ‘escalada’

Um time de novos jogadores já foi contratado pelo Fortaleza para esta temporada. Exatos 11 reforços, para ser preciso. Voraz e criativo no mercado, entre contratações recorde, empréstimos estratégicos e com expansão da área de observação, com mais caras internacionais, o Leão do Pici mostra ambição para continuar subindo degraus no futebol brasileiro.

Antes de tudo, é preciso de contexto. O Fortaleza, pela primeira vez na Era dos Pontos Corridos, vai para seu quinto Brasileiro consecutivo, pela segunda vez classificado para a Copa Libertadores, e pelo terceiro ano no estável projeto sob a batuta o argentino Juan Pablo Vojvoda.

O ambiente positivo, construído ao longo dos últimos anos, tem dado mais confiança e credibilidade ao Fortaleza. Hoje, os cearenses são capazes de atrair mais jogadores de renome e até de tirar promessas de adversários, com uma conta bancária que vai se recheando justamente pelos méritos do passado.

Para sair às compras no mercado, antes, o Fortaleza tratou de manter o que deu certo em 2022. Alguns dos destaques do time na temporada passada não tinham permanência garantida para este ano, como Thiago Galhardo, Zé Welison, Caio Alexandre e Silvio Romero.

O bom trabalho do quarteto foi reconhecido e o Forta conseguiu a permanência de todos eles, seja com a renovação dos vínculos por empréstimo, para Caio Alexandre e Romero, ou em contratação em caráter definitivo, para Galhardo e Zé Welison.

Outro aspecto positivo para Vojvoda é o fato raro, no Brasil, de ter perdido apenas um jogador titular: o lateral esquerdo Juninho Capixaba. Além dele, os principais nomes que deixaram o clube foram Robson (atacante), Felipe (volante), Lucas Lima (meia) e Landazuri (lateral direito). Robson, que hoje joga no Coritiba, e Lucas Lima, no Santos, foram os mais utilizado deles. Ambos, porém, haviam se tornarado reservas no final da temporada.

Somente nesta semana, o Fortaleza confirmou a chegada de dois novos jogadores: Calebe, ex-Atlético Mineiro, e Guilherme, ex-Grêmio. O clube, porém, começou o planejamento de 2023 ainda em meados de dezembro, logo após o fim do Campeonato Brasileiro.

Depois do rebaixamento do Ceará, o Fortaleza foi até o rival buscar dois dos principais nomes do alvinegro. Os primeiros reforços a serem anunciados foram justamente o lateral esquerdo Bruno Pacheco e o goleiro João Ricardo. O lateral direito Dudu Marques é mais uma oportunidade que veio dos rebaixados do Brasileirão, mas do Atlético Goianiense – ainda para as laterais, Lucas Esteves foi repatriado da Major League Soccer e tem revezado na titularidade com Pacheco, ambos brigando para repor a saída de Capixaba. 

O meio de campo, até aqui, é o setor que mais recebeu investimento do Fortaleza. A aposta não é em quantidade, mas na qualidade do produto. O Leão desembolsou R$ 6 milhões para contratar Calebe, promessa do Galo, e Tomás Pochettino, ex-River. A contratação de Calebe teve os valores oficialmente divulgados e igualam o recorde estabelecido em 2022 para contratar Renato Kayser. Já para contar com Pochettino, o montante não foi revelado, porém o Austin, dos Estados Unidos, chegou a pedir 3,5 milhões de dólares para o River Plate manter o jogador. 

Por fim, para o ataque, o Fortaleza tem hoje três caras novas: Junior Santos, Juan Martín Lucero, Wesley Braga e Guilherme. O camisa 9 Lucero é uma das grandes apostas do clube para a temporada e veio com a credencial de ter sido vice-artilheiro do último Campeonato Chileno – em 2022 foram 24 gols, sete a mais que Pikachu, artilheiro do time em 2022, mas que saiu antes do fim do ano para o Japão e retornou agora por empréstimo.

Entre tantas chegadas, curiosamente, o Fortaleza já teve até quem veio e foi embora sem estrear. Na teoria, não foram 11, mas 13 reforços. Porém, Cristian Bernardi e Wesley Braga foram embora, por diferentes motivos, antes mesmo de pisar em campo.

Fonte: Ogol

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