O cientista chinês Wu Zhe apresentou à mídia estatal do país, em 2019, o desenvolvimento de um projeto de voos com balões com o intuito de observar o resto do mundo. Os balões de monitoramento ganharam a atenção do mundo, e principalmente dos EUA, após o avistamento de um deles sobre o país.
Esta informação foi revelada pelo jornal The New York Times, em um artigo que descreve o programa “Cloud Chaser” (caçador de nuvens, em tradução livre), apresentado pelo cientista como um marco no monitoramento atmosférico de diversas regiões do globo.
Em 2019, anos antes de um enorme balão chinês de grande altitude flutuar pelos Estados Unidos e causar alarme generalizado, um dos principais cientistas aeronáuticos da China fez um anúncio orgulhoso que recebeu pouca atenção na época: sua equipe havia lançado um dirigível a mais de 60 mil pés (mais de 18 km) no ar e o enviou navegando pela maior parte do globo, inclusive pela América do Norte.
Zhe disse a um meio de comunicação estatal na época que o dirigível “Cloud Chaser” foi um marco em sua visão de povoar as partes superiores da atmosfera terrestre com balões dirigíveis que poderiam ser usados para fornecer avisos antecipados de desastres naturais, monitorar a poluição ou realizar vigilância aérea.
“Olha, ali está a América”, disse o professor Wu em um vídeo, apontando na tela do computador para uma linha vermelha que parecia traçar o caminho da aeronave pela Ásia, norte da África e perto da borda sul dos Estados Unidos. Na época do relatório, o dirigível estava sobre o Oceano Pacífico.
Segundo o NYT, o anúncio do professor Wu faz parte de um conjunto de evidências que revela em novos detalhes o escopo das ambições do governo chinês de usar aeronaves de alta altitude para rastrear atividades terrestres, de olho em necessidades domésticas e militares. Relatórios da mídia chinesa, estudos acadêmicos e discursos de autoridades sugerem que o professor Wu tem sido fundamental para os esforços de desenvolvimento de balões da China.
O programa chamou a atenção e a preocupação global quando os Estados Unidos derrubaram um balão chinês na costa da Carolina do Sul em 4 de fevereiro, depois de ter viajado pelo país. Desde então, caças dos EUA também derrubaram três objetos voadores não identificados sobre a América do Norte.
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Fonte: Olhar Digital
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