“Crise dos balões”: China também avista balões em seu território e acusa EUA de enviá-los

13 de Fevereiro, 2023

E a chamada “crise dos balões” segue a todo vapor. Uns acreditam ser extraterrestres, outros, algo de natureza geopolítica. O governo estadunidense afastou a possibilidade de ser algo de fora de nosso planeta e acusa a China de espionagem (sem provas), que, por sua vez, nega.

Pois, agora, o avistamento de balões suspeitos no céu – que chegou a ocorrer em diversos outros países – chegou à China. No domingo (12), as autoridades locais afirmaram ter visto um OVNI sobrevoando o mar na cidade costeira de Rizhao, na província de Shandong. Os asiáticos informaram que derrubariam o objeto e, para isso, pediram para os pescadores locais que ficassem em local seguro.

Avistamentos em solo chinês passam de dez

Após o episódio detalhado acima, nesta segunda-feira (13), as autoridades locais informaram que mais de dez balões de alta altitude já passaram por seu território sem prévia autorização desde o ano passado. Segundo o Ministério das Relações Exteriores da China, os balões foram enviados pelos EUA – porém, não foram apresentadas provas.

Sobre o motivo pelo qual a China só divulgou as informações agora, não há detalhes. Contudo, Wang Webin, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, foi duro nas palavras contra os EUA e afirmou que “não é raro que os Estados Unidos entrem ilegalmente no espaço aéreo de outros países”.

Webin foi além e incitou os jornalistas a buscarem mais informações com os ocidentais. “Se querem saber mais sobre balões de grande altitude americanos que entram ilegalmente no espaço aéreo da China, sugiro que procurem a parte americana”, ressaltou.

Em resposta às acusações, os EUA foram categóricos e, assim como a China, negaram as acusações.

Acusações foram além

Wang aproveitou para acusar os EUA de mais transgressões e acirrar o clima entre as potências. Segundo ele, oss EUA enviam, frequentemente, navios de guerra e aviões para reconhecimento de curto alcance – teriam sido 657 vezes no ano passado e 64 em janeiro de 2023, todas no Mar da China Meridional.

“Por muito tempo, os EUA abusaram de suas próprias vantagens tecnológicas para realizar escutas telefônicas em larga escala e indiscriminadas e roubo de segredos de todo o mundo, inclusive de seus aliados. Eles estão sem duvidar do maior ofensor habitual de vigilância e império de vigilância do mundo.”

Wang Webin, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China