Nos últimos dias, o Sol tem registrado um grande número de erupções, algumas, inclusive, direcionadas para a Terra. Uma dessas explosões chamou atenção dos pesquisadores pela forma como o plasma se comportou.
Essa erupção se deu no dia 2 de fevereiro, causando um fenômeno sem precedentes, segundo os cientistas.
Na ocasião, um jato gigantesco de plasma surgiu no polo norte do Sol antes de se esvair como vento solar pelo espaço, girando no topo da estrela em uma velocidade de milhares de quilômetros por minuto. O ocorrido durou cerca de oito horas e foi capturado pelo Observatório de Dinâmicas Solares (SDO) da NASA.
Imagens do fenômeno viralizaram no Twitter quando a divulgadora científica e cientista da organização The Aerospace Corporation, na Califórnia, Tamitha Skov, publicou em seu perfil um time-lapse dos registros feitos pela sonda.
“O material de uma proeminência do norte acabou de se separar do filamento principal e está agora circulando em um enorme vórtice polar ao redor do polo norte de nossa estrela”, publicou a cientista. “Implicações para entender a dinâmica atmosférica do Sol acima de 55° aqui não podem ser exageradas!”
Esses jatos de plasma são bem comuns de se observarem na coroa e podem viajar milhares de quilômetros pelo espaço, geralmente em espirais ao longo de linhas de campos magnéticos emaranhadas. Segundo o site Live Science, também é comum a ocorrência desses filamentos no local da proeminência do dia 2 de fevereiro.
O que foi novidade para os cientistas, no entanto, foi o fato de que a proeminência “estalou” de forma repentina, e o plasma permaneceu girando sobre a atmosfera solar por longas horas. O vórtice formado é muito parecido com os que acontecem nos polos terrestres, só que, por aqui, em vez de girar plasma quente, isso acontece com ar gelado.
Saiba mais sobre erupções solares
Jatos de plasma são disparados quando o Sol passa por erupções solares e se tornam mais comuns quando a estrela se aproxima da máxima atividade, o que acontece a cada ciclo de 11 anos.
No auge dos ciclos solares, o Sol tem uma série de manchas em sua superfície, que representam concentrações de energia. À medida que as linhas magnéticas se emaranham nas manchas solares, elas podem “estalar” e gerar rajadas de energia.
De acordo com a NASA, essas rajadas são explosões massivas do Sol que disparam partículas carregadas de radiação para fora da estrela. Os clarões (sinalizadores) são classificados em um sistema de letras estabelecido pela NOAA – A, B, C, M e X – com base na intensidade dos raios-X que elas liberam, com cada nível tendo 10 vezes a intensidade do último.
Essas erupções enviam partículas carregadas de radiação solar à incrível velocidade de 1,6 milhão de km/h, podendo atingir até mais nos casos de sinalizadores de maior classificação.
As erupções solares, às vezes, são acompanhadas por ejeções de massa coronal (CMEs), que são nuvens de plasma magnetizado que podem levar até três dias para chegar à Terra.
Dependendo da potência com que chegam por aqui, as CMEs desencadeiam tempestades geomagnéticas na atmosfera de maior e menor proporção. Essas tempestades geram belas exibições de auroras, mas também podem causar apagões de energia e até mesmo derrubar satélites da órbita.
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Fonte: Olhar Digital
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