O ChatGPT ganhou a internet. Mas a comunidade de chatbots – isto é, programas capazes conversar com humanos em “linguagem natural” – é populosa. Ou seja, você pode conversar com outros “robôs” (alguns de graça, ainda por cima) ou até implementá-los em projetos.
Para dias em que o ChatGPT estiver sobrecarregado ou simplesmente te bater a curiosidade de conhecer outros similares a ele, o Olhar Digital separou dez opções. Confira abaixo:
Chatbots que você vai conhecer:
Bert
Para começar, um dos chatbots desenvolvidos pelo Google. Seu nome, até que simpático, é a sigla para um conceito bem técnico: “Bidirectional Encoder Representations from Transformers” (em tradução livre: “Representações de Codificador Bidirecional de Transformadores”). Ficou conhecido pelas suas habilidades de processamento de linguagem natural (NLP, na sigla em inglês), como resposta a perguntas – daí sua implementação na busca do Google. Ou seja, você já usa ele ao fazer pesquisas no buscador.
Bloom
Desenvolvido com assistência de um coletivo com mais de mil especialistas em IA (inteligência artificial), Bloom é um chatbot de ponta, com plataforma de código aberto. Ele consegue gerar texto em 46 idiomas e 13 linguagens de programação, além de assimilar solicitações que saem do que lhe foi ensinado. Porém, não há informações concretas sobre quanto (ou se) custa para usá-lo.
ChatSonic
Criado pela Mycroft AI, o ChatSonic traz os mesmos recursos do ChatGPT, mas tem facetas – entre elas: comediante, coach e poeta. Além disso, oferece gerador de imagens tipo Dall-E 2, suporte a comandos de voz e integração ao Google (por isso, traz informações mais atualizadas em comparação ao ChatGPT). Você pode testá-lo de graça, com 25 solicitações por dia. E, se quiser pagar para usá-lo, os planos começam em US$ 12,67 por mês (R$ 65,76 em conversão direta).
Chinchilla
Este chatbot de nome fofo baseia-se em modelos de transformadores, tipo o Bert, e supera o ChatGPT no conjunto de dados matemáticos MMLU. Ou seja, é uma boa pedida para quem quer usar um modelo de linguagem para raciocínio ou criar “arte de IA”, mecanismo de pesquisa e trechos de texto mais sofisticados. Para usá-lo, você precisa contatar a Deepmind, desenvolvedora do projeto. E, assim como no Bloom, não há informações concretas sobre os preços para seu uso.
Jasper Chat
Já o Jasper cobre um nicho: criação de conteúdo digital. Assim, pode ser um assistente prestativo para confecção de artigos com SEO (sigla em inglês de “Otimização para Mecanismo de Busca”, em tradução livre), artes para posts e roteiros para vídeos, por exemplo. O Jasper é um dos chatbots desenvolvidos em parceria com a OpenAI (de onde saiu, também, o ChatGPT) – não atoa, usa modelo de linguagem GPT 3.5. Para usá-lo, os planos partem de US$ 49 por mês (R$ 254,31 em conversão direta). Mas dá para testar – de graça e sem compromisso – por cinco dias.
LaMDA
Sem qualquer relação com Jovem Nerd, este é um dos chatbots do Google – inclusive, está no Bard, “serviço experimental de IA” anunciado pela empresa no começo de 2023. O LaMDA foi desenvolvido com 137 bilhões de parâmetros e treinado com pouco mais de 1,5 trilhão de palavras – disponíveis em documentos e diálogos de domínio público. Além disso, revolucionou o mundo do NLP (sigla em inglês para “Processamento de Linguagem Natural”, lembra?). Dá para você testar este chatbot gratuitamente no espaço AI Test Kitchen, do Google. Depois de se cadastrar, você fica numa lista de espera para baixar o aplicativo, disponível para Android e iPhone.
Meena
Mais um entre os chatbots do Google – o “melhor do mundo”, afirmou a empresa, em 2020. A exemplo do LaMDA, o Meena é treinado com conteúdo de domínio público (no caso, conversas em redes sociais) e tem rede neural com 2,6 bilhões de parâmetros. Daí a fluidez da sua prosa, com direito a piadas e trocadilhos. Tanto que na métrica SSA (sigla em inglês para “Sensibilidade e Média de Especificidade”, em tradução livre), beirou os 80%, uma “nota” considerada alta para chatbots. Se quiser implementá-lo em alguma ferramenta, seu código está disponível no GitHub.
Replika
O Replika é um Robô Ed mais avançado. Isso porque seu propósito é ser uma espécie de amigo virtual, com quem você pode conversar sobre anseios, dúvidas, ponderações e afins. Para quem é do Brasil, ele também pode ser um companheiro com quem treinar conversação em inglês (único idioma disponível). Na plataforma, você cria, nomeia e personaliza um avatar para ele. Aí, conforme conversar com o chatbot, a interação fica mais personalizada. Também dá para fazer pesquisas nele, por ser integrado à internet. Ele é grátis, mas tem versão Premium, com planos a partir de US$ 19,99 (R$ 103,75 em conversão direta). E cuidado para não dar uma de Theodore Twombly, personagem de Joaquin Phoenix em “Ela” (2013).
RoBERTa
O “Bert” no meio e em caixa alta não é atoa nem coincidência. Este chatbot do Facebook, anunciado em julho de 2019, traz uma versão mais avançada do projeto original. Para esse galgar esse up, a empresa meteu 76 GB de dados no chatbot, treinado com CC-News – modelo com 63 milhões de artigos em inglês, publicados entre 2016 e começo de 2019. Aliás, o Facebook abriu o código do chatbot no final de 2019, disponível desde então no GitHub.
XLNet
Por fim, o XLNet, mais um membro da panelinha de chatbots do Google. Igual ao RoBERTa, seu mote é ser um Bert (original) mais avançado. Ao anunciá-lo, o grupo do Google Brain, em parceria com pesquisadores da Universidade Carnegie Mellon, da Pensilvânia, estimou que o XLNet fosse, pelo menos, 16% mais eficiente que o Bert original. Essa vantagem vinha, principalmente, da sua capacidade de prever combinações de palavras. Outra semelhança com o RoBERTa é seu código ser aberto atualmente – e disponível no GitHub.
Fontes: Digital Trends e Write Sonic
Imagem de destaque: James Grills / Wikimedia Commons
Já assistiu aos nossos novos vídeos no YouTube? Inscreva-se no nosso canal!
Fonte: Olhar Digital
Comentários