Funcionários da Amazon do depósito de Coventry, no Reino Unido, anunciaram que entrarão em greve por uma semana no próximo mês em favor de um reajuste salarial. A paralisação estratégica planeja maximizar a interrupção no fim de semana da Páscoa e retardar a entrega de produtos, conforme explicou um porta-voz do GMB, sindicato que representa os colaboradores, à Bloomberg.
É repugnante que os trabalhadores da Amazon em Coventry ganhem apenas 8 centavos acima do salário mínimo nacional em abril de 2023. Os chefes da Amazon podem impedir essa ação industrial fazendo a coisa certa e negociando um aumento salarial adequado com os trabalhadores.
Disse a organizadora sênior do GMB, Amanda Gearing.
Com 75 mil trabalhadores em todo Reino Unido, a Amazon disse que a empresa já oferece remuneração competitiva, que inclusive aumentou 29% desde 2018, além de outros pacotes de benefícios. Em uma tentativa de acordo, a empresa ofereceu aumento salarial de 0,50 de libras por hora (R$2,50, na cotação atual), que foi rejeitado.
Eles reivindicam um aumento para 15 libras por hora (R$ 76). Atualmente eles recebem um salário de £10,40 (R$ 52) por hora.
O conflito ocorre logo após a Amazon anunciar a demissão de ao menos 18 mil funcionários, representando cerca de 1% do total de funcionários e indo contra o anúncio anterior, que previa 10 mil demissões. O corte de empregos é o maior registrado na história da empresa e acompanha a onda de corte de custos das big techs.
Além da Amazon, Google, Microsoft, SalesForce, SAP, Dell, Yahoo, Spotify, Twitter, Meta (dona do Facebook, Instagram e WhatsApp), entre tantas outras, também entraram para a lista de empresas com grandes cortes de vagas. Uma pesquisa realizada pela TrueUp, empresa especializada em empregos da área de tecnologia, já contabilizou quase 100 mil demissões, 40 mil apenas no início de 2023.
Via Bloomberg
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Fonte: Olhar Digital
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