Com base em capturas do Telescópio Espacial James Webb (JWST), cientistas notaram que a galáxia anã Sparkler está crescendo, conforme vai se “alimentando” de galáxias menores próximas.
Descoberta nos primeiros dados divulgados pela equipe do telescópio, Sparkler tem o mesmo comportamento da Via Láctea jovem que, assim como ela, também cresceu devorando companheiras galácticas menores.
Sobre a galáxia Sparkler:
Idade dos aglomerados ao redor da galáxia Sparkler
A equipe liderada pelos professores Duncan Forbes, da Universidade de Swinburne (Austrália), e Aaron Romanowsky, da Universidade Estadual de San Jose (EUA), analisou a abundância de elementos mais pesados que o hidrogênio e o hélio – chamados pelos astrônomos de “metais” – para descobrir a idade da galáxia e dos arredores.
Muitos dos aglomerados próximos à Sparkler são ricos em metais, semelhantes aos aglomerados globulares na protuberância central da Via Láctea. Também fora detectados aglomerados de idade intermediária pobres em metais que estão associados a uma galáxia satélite que Sparkler está devorando.
Atualmente, a galáxia Sparkler tem apenas 3% da massa da Via Láctea, mas os astrônomos acreditam que, se alimentando de suas companheiras galácticas ao redor, ela possa crescer e se igualar em massividade com a nossa galáxia.
Parece que estamos testemunhando, em primeira mão, a montagem desta galáxia à medida que aumenta sua massa – na forma de uma galáxia anã e vários aglomerados globulares. Estamos entusiasmados com esta oportunidade única de estudar tanto a formação de aglomerados globulares quanto uma Via Láctea infantil, numa época em que o Universo tinha apenas 1/3 de sua idade atual.
Duncan Forbes, em comunicado
As observações da galáxia foram possíveis graças aos poderosos sensores infravermelhos do James Webb e uma lente gravitacional. Agora, os pesquisadores vão continuar observado os aglomerados de estrelas em torno de Sparkler, para aprender tanto sobre essa galáxia quanto sobre a Via Láctea.
A origem dos aglomerados globulares é um mistério de longa data, e estamos entusiasmados que o JWST possa olhar para trás no tempo para vê-los em sua juventude.
Aaron Romanowsky, em resposta a Space.com
A pesquisa da equipe foi publicada na revista Monthly Notices of the Royal Astronomical Society
Fonte: Olhar Digital
Comentários