Os chatbots de IA estão chamando cada vez mais atenção por sua capacidade de responder perguntas complexas de forma rápida e humanizada. O ChatGPT foi o primeiro a popularizar essa tecnologia. Agora, outras gigantes do setor, como Google e Baidu, correm atrás do prejuízo. Saindo do padrão de chatbots, um novo sistema que usa IA generativa foi desenvolvido para gerar novas fases de “Super Mario”.
O Mario GPT, como foi nomeado por seus desenvolvedores, utiliza a IA de treinamento Large Language Model (LLM) do GPT-2 combinada com o conceito de geração de conteúdo processual (PCG). Essa fórmula permite ter níveis infinitos dos games “Super Mario Bros” e “Super Mario Bros: The Lost Levels”.
Mostramos que MarioGPT pode não apenas gerar diversos níveis, mas pode ser solicitado por texto para geração de nível controlável, abordando um dos principais desafios das técnicas atuais de PCG. Tanto quanto sabemos, MarioGPT é o primeiro modelo text-to-level. Também combinamos o MarioGPT com a pesquisa de novidades, permitindo gerar diversos níveis com diferentes dinâmicas de estilo de jogo (ou seja, caminhos do jogador). Essa combinação permite a geração aberta de uma gama cada vez mais diversificada de conteúdo.
Descrição da pesquisa publicada pelos desenvolvedores na Cornell University.
Os usuários que tiverem conhecimento na programação de LLM e PCG podem gerar novas níveis e novos cenários. É possível configurar a ferramenta para o nível ter determinada quantidade de inimigos e canos, por exemplo. O código-fonte de MarioGPT foi está disponível em uma publicação no GitHub.
Em entrevista ao TechCrunch, Shyam Sudhakaran, um dos autores do artigo, disse que o conjunto de dados do GPT-2 foi mais adequado para trabalhar no projeto do que o GPT-3, atualmente utilizado pela ChatGPT.
Acho que, em geral, com pequenos conjuntos de dados, o GPT2 é mais adequado do que o GPT3, além de ser muito mais leve e fácil de treinar. No entanto, no futuro, com conjuntos de dados maiores e prompts mais complicados, talvez precisemos usar um modelo mais sofisticado como o GPT3.
Os desenvolvedores disseram que escolheram testar a IA nos jogos do Mario por sua simplicidade. Esse é um processo interessante que pode ser o primeiro passo para jogos gerados processualmente. Resta torcer para que a Nintendo não veja o MarioGPT com maus olhos – afinal, a empresa é conhecida por derrubar projetos de fãs relacionados a suas franquias.
Com informações de TechCrunch e HotHardware
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Fonte: Olhar Digital
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