Há dois anos, o Chelsea conquistava o bicampeonato da Liga dos Campeões com uma equipe que, se não brilhante, era das mais competitivas. De lá para cá, os Blues passaram por uma verdadeira reformulação, dentro e fora de campo, e a conta chegou pesada.
Pentacampeão inglês na Era Premier League, o Chelsea se acostumou a entrar em qualquer disputa em condições de brigar por títulos. Essa realidade, porém, é inversa na temporada 2022/23.
O início ruim com Tuchel já dava indícios de um desgaste tanto da equipe técnica como do elenco de jogadores. Com o novo técnico, Graham Potter, a equipe segue patinando e os resultados são a prova cristalina de que os “Novos Blues” estão longe do caminho certo.
Nas últimas 15 partidas, entre Inglês, Champions e Copa da Liga, o Chelsea soma apenas quatro vitórias, quatro empates e oito derrotas. A forma recente é de seis gols marcados nos últimos dez jogos e, em quatro deles, a equipe passou em branco. Uma marca desastrosa pelo alto investimento.
Depois de 22 jogos disputados na Premier League, o Chelsea é apenas o 10º colocado com 31 pontos e retrospecto de oito vitórias, sete empates e sete derrotas. Novamente, a ausência de gols se mostra o grande calcanhar de Aquiles da equipe.
Com 23 gols marcados em 22 duelos, média praticamente de um gol/jogo, o Chelsea possui o seu pior sistema ofensivo desde a temporada 1995/96. Naquela disputa, os Blues tinham a mesma marca, enquanto em 1993/94 registraram o pior ataque na Era Premier League – 17 gols marcados em 22 jogos.
Para se ter uma ideia da escassez de gols do time de Londres, basta irmos até Manchester. A máquina Erling Haaland, do City, chegou aos 26 tentos na Premier League na vitória fundamental diante do até então líder isolado Arsenal.
O novo Chelsea, como se fosse possível, é ainda mais multimilionário. O mandatário russo Roman Abramovich deixou o clube meio à invasão da Ucrânia e deu lugar a Todd Boehly. O norte-americano já controlava equipes em seu país natal e chegou com uma abordagem agressiva.
Somente na janela de inverno europeu, os Blues investiram 330 milhões de euros (R$ 1,8 bilhão) em jogadores com grande potencial como Enzo Fernández, Mykhaylo Mudryk, além da chegada por empréstimo de João Félix.
Se somarmos a janela de verão na Europa, os valores gastos por Boehly chegam a R$ 3,3 bilhões. Wesley Fofana, Cucurella, Sterling e Koulibaly são mais exemplos recentes da larga quantia despendida pelo Chelsea em contratações.
Além da mudança drástica no plantel, o novo dono do Chelsea definiu a saída de Thomas Tuchel, o técnico que guiou o time à conquista da Champions, e trouxe o promissor Graham Potter, de trabalho destacado no Brighton, mas ainda inexperiente.
Se os Blues gastaram mais de três bilhões de reais em duas janelas de transferências, faltou empregar uma parte desse dinheiro em um homem-gol. Até aqui, os artilheiros do Chelsea na temporada são Raheem Sterling e Kai Havertz, ambos com seis gols. O poderio de compra (por enquanto), não se traduz em bolas na rede. Mas uma nova janela de oportunidade se abre novamente em junho…
Fonte: Ogol




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