Apesar das demonstrações de apoio, inclusive no conflito contra a Rússia, diplomatas demonstram ceticismo sobre a velocidade do processo de adesão de um novo membro na União Europeia
Uma guerra da Rússia na Ucrânia prestes a completar um ano, no próximo dia 24 de fevereiro, a adesão dos ucranianos à União Europeia continua sendo tema de discussões no bloco continental. Em discurso nesta quarta-feira, 15, a chefe do grupo, Ursula von der Leyen, destacou o que chamou de “empenho tangível” de Kiev para ingressar no grupo, mesmo diante das dificuldades enfrentadas. A entrada na União Europeia foi solicitada pela Ucrânia em 2022, apenas quatro dias após o início da invasão russa. O processo costuma levar anos até ser concluído. Entretanto, parte das negociações foram aceleradas, e o país recebeu o status oficial de candidato em junho do mesmo ano.
Em visita à Ucrânia nesta quarta, o primeiro-ministro da Suécia e atual chefe da cadeira rotativa do bloco, Ulf Kristersson, reiterou o apoio. Em encontro com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, ele afirmou que não haverá obstáculos impedindo a adesão ucraniana e ressaltou que o país é europeu e pertence ao grupo. Apesar disso, diplomatas em Bruxelas têm demonstrado o ceticismo sobre a rapidez do processo. Ao todo, oito países possuem candidaturas oficiais, mas os trâmites podem levar bastante tempo entre o pedido e a aceitação. É o caso da Turquia, candidata desde 1999, e da Macedônia do Norte, desde 2005.
A União Europeia não esconde que está do lado da Ucrânia no conflito contra a Rússia. O bloco está preparando o décimo pacote de sanções contra os russos desde o início da guerra, além de seguir enviando armas e dinheiro para conter o avanço das tropas do Kremlin. Apesar disso, no campo da diplomacia, a estrada para Kiev se tornar membro do grupo pode ser bem mais longa do que o desejado pelo país.
Com informações do repórter Fabrizio Neitzke
Fonte: Jovem Pan News
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