Os veículos elétricos estão cada vez maiores, tomando espaço inclusive com as caminhonetes. Basta ver o sucesso da picape mais vendida da Ford (F-150 Lightning) e o apelo das Dodge Ram 1500 BEV e GMC Hummer.
Porém, conforme esses veículos aumentam de tamanho, fica a dúvida se eles permanecem boas opções para o meio ambiente. Afinal, alguns deles podem ser menos ecológicos do que carros similares à combustão.
Em geral, especialistas concordam que os veículos elétricos são uma opção mais ecológica do que os modelos à gasolina. Assim, por exemplo, a F-150 Lightning é responsável por 50% menos emissões de gases de efeito estufa por km do que sua versão à combustão.
No entanto, o impacto climático de um veículo elétrico tende a crescer conforme o aumento de tamanho e peso dele. Isso porque as picapes elétricas exigem mais energia para se mover, ou seja, baterias maiores e mais eletricidade para carregá-las.
Vale lembrar que os veículos elétricos não queimam combustível e, portanto, não produzem emissão de gases pelo escapamento. Ainda assim, existem as emissões da produção dos veículos e baterias, além da eletricidade necessária para carregá-los – que em muitos locais pode vir da queima de combustíveis fósseis, como o carvão.
Por outro lado, as baterias usadas em veículos elétricos são feitas com metais (como cobalto, lítio e outros metais raros). Por sua vez, em muitos casos, a extração desses metais é prejudicial ao meio ambiente, incluindo à água e à vida selvagem.
Quanto maior a bateria, maior a presença desses metais na composição. Veja, por exemplo, a picape Hummer EV. Um relatório recente afirma que ela usa aproximadamente a mesma quantidade de lítio por passageiro que três baterias de carros menores, 240 baterias de bicicletas elétricas e metade de lítio em uma bateria usada em um ônibus elétrico.
Apesar dos debates sobre as mudanças climáticas no mundo, os estadunidenses têm preferido carros maiores, como picapes e SUVs. Estima-se que até 2025, esses veículos maiores representarão 78% da venda.
Via New York Times.
Fonte: Olhar Digital
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