Na sexta-feira (17), a Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA), responsável por licenciar lançamentos de foguetes em todo o país, aplicou uma penalidade civil de U$175 mil (o equivalente a mais de R$900 mil) à SpaceX por não enviar informações de segurança à agência antes de um lançamento de satélites Starlink realizado em agosto do ano passado.
Segundo a FAA, a empresa de Elon Musk é obrigada a enviar as informações, conhecidas como dados de trajetória de análise de colisão de lançamento, diretamente à agência pelo menos sete dias antes de uma tentativa de lançamento – o que não aconteceu em relação à missão Starlink Group 4-27, realizada em 19 de agosto de 2022.
Por que é importante: Milhares de objetos são rastreados em órbita atualmente, incluindo satélites funcionais, lixo espacial e corpos gastos de foguetes. Entender a trajetória de um veículo previamente ajuda a manter tanto ele quanto os objetos em órbita seguros.
Resumindo:
De acordo com a agência de notícias Reuters, a SpaceX tem até 19 de março para responder ao órgão. Procurada, a empresa não quis comentar o assunto.
Esse é mais um episódio de tensão entre SpaceX e a FAA. Em 2020, a agência considerou a SpaceX em violação dos regulamentos de lançamento por permitir que um protótipo do foguete gigante Starship da empresa decolasse sem garantir a aprovação de dados-chave envolvendo o potencial raio de explosão do veículo.
Por causa dessa violação, em 2021, a FAA revisou os requisitos de lançamento comercial da SpaceX para exigir que um inspetor de segurança do órgão governamental estivesse presente em todos os voos em sua instalação de lançamento em Boca Chica, no Texas, chamada Starbase.
É importante lembrar, ainda, que a agência levou meses para concluir a avaliação ambiental da Starbase, apontando 75 ajustes que a empresa deve fazer antes que o primeiro teste de voo orbital da Starship seja realizado.
Fonte: Olhar Digital
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