Com a crescente popularidade dos chatbots baseados em inteligência artificial, as pessoas estão surpresas com o desempenho do ChatGPT e das novas versões do Bing e do Google Bard.

Por um lado, há um chatbot que parece conseguir responder a tudo que você pergunta. Por outro lado, essas mesmas ferramentas seguem dando respostas imprecisas ou totalmente estranhas.

Diante disso, muitas pessoas têm medo de que esses chatbots tenham consciência ou sejam capazes de experimentar o mundo. Mas, a verdade é outra. Entenda por que os chatbots não ganharam vida – embora existam pessoas, como o ex-engenheiro do Google Blake Lemoine, que acreditem no contrário.

Como funciona a Inteligência Artificial?

Você pode não ter ouvido falar ainda em rede neural, mas você a usa todos os dias. Rede neural é uma técnica de machine learning usada nos sistemas de inteligência artificial. Em outras palavras, essa técnica consegue examinar uma grande quantidade de dados digitais e aprender a partir dessa base.

Na prática, é o que ocorre quando o Google Fotos identifica um gato ou cachorro em uma série de imagens. É também a tecnologia usada nas assistentes de voz Siri e Alexa, além de serviços de tradução, como o Google Tradutor.

Atualmente, os chatbots que estamos experimentando usam um tipo específico de rede neural, chamado de modelo de linguagem. Essa técnica se baseia em aprender como os humanos usam o idioma e reproduzir essa linguagem.

Com isso, essas ferramentas conseguem escrever discursos, programar, criar poesias e manter uma conversa. Tudo isso de uma maneira quase natural, como os próprios seres humanos.

Mas, qual é a fonte de conhecimento usada para alimentar a base de dados do modelo de linguagem? São livros, artigos de jornais, entradas da Wikipedia, bate-papos em fóruns etc. Ou seja, todo o tipo de informação postada na internet, o que inclui desinformação, fake news e outras porcarias.

Para piorar, esses chatbots sofrem de algo chamado “alucinação”. Isso significa que eles inventam coisas, porque podem responder algo baseado na realidade ou não. Afinal, eles não reproduzem palavra por palavra do que viram na internet, mas escrevem um novo texto por conta própria. Ou seja, às vezes dá certo, outras, não.

As empresas estão tentando impedir que os chatbots ajam de forma estranha. A verdade é que, atualmente, os cientistas por trás da tecnologia conseguem somente limitar imprecisões e respostas estranhas.

Via The New York Times.