O Telescópio Espacial Hubble captou uma nova imagem na Nebulosa de Órion, um berçário de estrelas que está a cerca de 1.450 anos-luz da Terra. Trata-se de uma visão deslumbrante de duas jovens estrelas.
No centro da imagem, é possível observar a brilhante estrela V 372 Orionis cercada por nuvens azuis. Já à esquerda dela você vê uma companheira menor cercada por nuvens em tons avermelhados.

Hubble capta imagem de estrelas da Nebulosa de Orion
Hubble capta imagem de estrelas da Nebulosa de Órion Imagem: ESA/Hubble e NASA, J. Bally, M. Robberto

Esta nova imagem do Hubble combina dados de dois dos instrumentos do telescópio espacial: a Advanced Camera for Surveys e a Wide Field Camera 3. Os dados coletados em comprimento de onda infravermelho foram sobrepostos para revelar em detalhes este canto da Nebulosa de Órion.

V 372 Orionis é um tipo particular de estrela variável conhecida como “variável Órion”. Essas estrelas jovens experimentam alguns humores tempestuosos e dores de crescimento, que são visíveis para os astrônomos como variações irregulares de luminosidade. As variáveis Órion são frequentemente associadas com nebulosas difusas, e V 372 Orionis não é exceção; o gás irregular e a poeira da Nebulosa de Órion permeiam esta cena.

Agência Especial Europeia (ESA)

Assim como fotógrafos têm uma maneira particular de registrar o momento, o Hubble também deixou sua própria assinatura sutil neste retrato: os picos de difração ao redor das estrelas.

Isso acontece devido à interação entre a luz das estrelas e o telescópio espacial. Os quatro picos de difração que cercam as estrelas são criados por quatro palhetas dentro do Hubble que apoiam o espelho secundário dele.

Esse efeito não é igual em todos os telescópios. No James Webb, por exemplo, os picos são de seis pontas por conta dos espelhos em formato hexagonal e a estrutura de suporte para o espelho secundário ter três pernas.

Registro do James Webb

Em outubro de 2022, uma equipe de pesquisa internacional da NASA revelou as primeiras imagens da Nebulosa de Órion capturadas com o telescópio James Webb, deixando os astrônomos “deslumbrados”.

“Estas novas observações nos permitem compreender melhor como as estrelas massivas transformam a nuvem de gás e poeira em que nascem”, disse o astrofísico Els Peeters, da Western University.

Nebulosa de Órion vista no Hubble (esq.) e no James Webb (Imagem: Divulgação/NASA)

Com informações de Space.com e ESA.