No mês passado, o Olhar Digital noticiou um “eclipse” de Marte, que, naquela ocasião, pôde ser visto por alguns observadores posicionados no norte do Brasil. Na noite desta quarta-feira (22), por volta das 20h (pelo horário de Brasília), quem vai passar pelo mesmo fenômeno – que, na verdade, se chama ocultação lunar – será Júpiter.
De acordo com o site In-The-Sky.org, o evento poderá ser observado de alguns pontos da América do Sul, como extremo sul do Brasil, Argentina e Chile, além da Antártica e outras localidades.
Para observadores baseados em Porto Alegre (RS), por exemplo, o desaparecimento de Júpiter atrás da Lua começa às 20h34, embora a uma baixa altitude de apenas 2,7 graus acima do horizonte ocidental. Seu reaparecimento será às 20h49, mas não será visível, já que ocorrerá a -0,6 graus do horizonte.
Embora o “eclipse” de Júpiter pela Lua não possa ser observado de todo o nosso país, os demais ainda podem testemunhar a conjunção astronômica entre os dois astros, que ocorre logo após a aproximação do nosso satélite natural com Vênus, conforme divulgado aqui.
Ocultação lunar de Júpiter
Ocultações lunares só são visíveis de uma pequena fração da superfície da Terra. Como a Lua está muito mais perto do nosso planeta do que outros objetos celestes, sua posição no céu difere dependendo da localização exata do observador na Terra devido à sua grande paralaxe (diferença na posição aparente de um objeto em relação a um plano de fundo, tal como visto por observadores em locais distintos ou por um observador em movimento).
A posição da Lua vista de dois pontos em lados opostos da Terra pode variar em até dois graus, ou quatro vezes o diâmetro da lua cheia.
Isso significa que se a Lua estiver alinhada para passar na frente de um objeto específico para um observador posicionado em um lado da Terra, ela aparecerá até dois graus de distância desse objeto do outro lado do globo.
No mapa acima, contornos distintos mostram onde o desaparecimento de Júpiter é visível (em vermelho) e onde será possível testemunhar seu reaparecimento (em azul). Os riscos sólidos exibem onde a ocultação provavelmente será visível através de binóculos a uma altitude razoável no céu. Os contornos pontilhados, por sua vez, indicam onde o evento ocorre acima do horizonte, mas pode não ser visível devido ao céu estar muito claro ou a Lua muito perto do horizonte.
Fora dos contornos, a Lua não passa na frente de Júpiter em nenhum momento, ou está abaixo do horizonte no momento da ocultação.
Imagem em destaque: Rafael Defavari – YouTube
Fonte: Olhar Digital
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