Conforme noticiado pelo Olhar Digital, o último sábado (18) foi um dia de festa dupla em Marte: o rover Perseverance e o helicóptero Ingenuity, ambos pertencentes à missão Mars 2020, da NASA, completaram dois anos no Planeta Vermelho. No dia seguinte, o pequeno drone de 1,8 kg já voltou a trabalhar, voando pela 44ª vez sobre a superfície marciana.
A princípio, a intenção da equipe responsável pelo equipamento era de que ele realizasse cinco sobrevoos demonstrativos, para provar que a exploração aérea de Marte é possível mesmo com a fina atmosfera do planeta. No entanto, com o sucesso da empreitada, a missão foi estendida, e Ingenuity já superou em mais de oito vezes as expectativas iniciais – e esse número pode estar prestes a aumentar ainda mais, já que o 45º voo está programado para esta quarta-feira (22).
Detalhes do 44º voo do helicóptero Ingenuity em Marte:
Segundo o relatório da missão, durante o voo do último domingo, o Ingenuity subiu 12 metros do solo, percorrendo uma distância de 334 metros, a uma velocidade de 3,5 m/s, durante 141 segundos.
Navegador do rover Perseverance em Marte
Em fevereiro de 2021, o Ingenuity pousou com o rover Perseverance na Cratera Jezero, região de aproximadamente 45 km de largura que, segundo estudos, hospedou um lago e um delta de rio bilhões de anos atrás. Isso a torna um local propício para o rover, que caça sinais de vida e armazena amostras de solo marciano para análise.
Durante sua missão estendida, o helicóptero Ingenuity está fazendo um trabalho de exploração para o “Percy”, ajudando a equipe da missão a planejar rotas e escopos de potenciais alvos científicos.
E o trabalho do pequeno drone também está lançando as bases para feitos aéreos marcianos ainda maiores no futuro. Segundo os engenheiros do JPL, existem planos para sucessores maiores e mais potentes para explorar Marte de forma autônoma.
Todas as comunicações do helicóptero Ingenuity com a Terra (e vice-versa) passam pelo Perseverance. “A esperança é que um futuro helicóptero de Marte possa voar quilômetros sem amarras a um rover e carregar seus próprios instrumentos científicos”, disse Jaakko Karras, vice-líder de operações no JPL em entrevista ao site Space.com. “Achamos que há muitas oportunidades científicas nisso”.
Fonte: Olhar Digital
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