A gravidez é uma fase muito importante e esperada para várias mulheres, as quais têm o sonho de dar continuidade ao ciclo da vida. A gestação mantém o corpo sobre uma mudança progressiva a níveis fisiológicos, anatômicos, e neurológicos a fim de gerar e manter o bebê no útero.
Por isso, é muito importante para as futuras mamães conhecerem algumas das condições mais comuns durante esse período. Isso serve para tranquilizá-las quanto ao que é normal e auxiliá-las na comunicação com os profissionais de saúde, quando for necessário avisá-los por quais estágios o corpo está passando.
Primeiras mudanças no corpo e início de dores localizadas
A maioria das mulheres é incapaz de perceber a gravidez nos primeiros meses da gestação. Isso porque os sintomas iniciais são semelhantes aos da TPM, embora apresentem maior intensidade. Como é o caso de dores nas costas, dor e inchaço nas mamas, cólica, constipação, alteração significativa nos quadros de humor, e mais. Estes sintomas se tornam mais intensos em virtude da liberação do HCG, vulgo “hormônio da gravidez”, cuja função é preparar o corpo para desenvolver o feto da maneira mais eficiente possível.
As primeiras suspeitas da gestação se iniciam com a pausa da menstruação: um sinal claro de algo pode estar alterado no corpo. Essa interrupção acontece porque os níveis de Progesterona (um hormônio) não decaem, o que impede a descamação do útero de originar a menstruação.
Como já dito anteriormente, ainda é possível observar alterações no humor. Então, é muito comum que a futura mamãe se sinta emocionalmente mais sensível do que costumava ser antes da gestação. Também é possível verificar um aumento no número de idas ao banheiro, já que o desenvolvimento do útero comprime a bexiga.
Aumento do nível de sangue no corpo
Já ouviu falar que as mulheres detêm um volume de sangue menor se comparado ao dos homens? Isso porque, diferente das parceiras, os rapazes não precisam se preocupar em hospedar um ser humano dentro de si. Logo, toda mulher resguarda menos litros de sangue no corpo porque o restante seria complementado com o de uma criança, caso a gravidez se torne uma realidade.
Então, conforme o desenvolvimento da criança prossegue de maneira contínua, o volume sanguíneo no corpo da mulher pode aumentar em até 50%, cerca de 2 litros a mais do que ao anterior à gravidez. Assim, se antes havia um total de 4,5 litros, este número pode chegar a 6,7 litros, a exemplo. Esse aumento ocorre de forma natural e é necessário, a fim de que haja a circulação ideal de oxigênio e nutrientes para a placenta e feto.
Oscilação nos sentidos
Uma característica bastante recorrente, causada, ainda, pelas alterações hormonais, é a oscilação dos sentidos do paladar e olfato. É possível desenvolver desejos por alimentos que antes não gostavam, e sentir aversão por aqueles que antes amavam. É comum sentir-se enjoada na presença de alguns odores, como de comidas, perfumes, ou demais substâncias cosméticas ou de limpeza.
É costumeiro encontrar relatos de mamães que, mesmo passado anos após o porto, nunca mais conseguiram comer ou cheirar algo específico sem sentir aversão e náusea.
Fica quase impossível esconder a barriga
O clássico sinal da gravidez, quando vista de fora, é a barriga bastante volumosa e redonda. Isso ocorre devido ao crescimento do útero, o qual se adapta conforme a criança se desenvolve. Essa mudança pode causar certo nível de estresse nas grávidas, pois se as roupas costumavam caber perfeitamente, agora parecem ter encolhido de tamanho.
Não apenas a barriga cresce, mas os seios se tornam maiores, e os quadris e coxas também podem expressar um volume mais avantajado. Todo o corpo muda para que o bebê se encaixe dentro da mulher e possa crescer normalmente.
Vale ressaltar, ainda, que o aumento do útero pode prejudicar o retorno do sangue para o coração da mamãe, o que leva a quadros de hipotensão (pressão baixa). Assim, é desaconselhado que a mulher durma de barriga para cima. O indicado é priorizar uma posição lateral durante sono. Preferencialmente, o lado esquerdo, pois é o lado do coração.
Surgimento de manchas na pele
Por volta do quarto mês da gestação ou equivalente ao segundo trimestre, é comum que determinadas partes do corpo passem a se tornar mais escuras do que o tom natural da pele. Essa hiperpigmentação pode acometer as aréolas dos seios, partes do rosto, pescoço, braços, e até axilas. Há muitos relatos de mamães, que mesmo anos após o parto, nunca mais perderam certas manchas que ganharam no rosto e nos braços durante a gravidez.
Para auxiliar na prevenção dos melasmas e na proteção da pele, é necessário adotar alguns hábitos, como evitar a exposição solar entre as 10 horas e 16 horas, usar e abusar de protetores solares (cobrindo rosto, orelhas, pescoço e braços), e hidratar a pele com regularidade. Se mesmo assim as manchas aparecerem, é indicado iniciar um tratamento específico com seu médico dermatologista.
Problemas na coluna vertebral
Estes problemas costumam se acentuar nos últimos três meses da gestação, pois é o período em que o bebê mais cresce dentro do útero e que as mamas se tornam ainda maiores. Tal aumento de peso afeta, consideravelmente, a postura da mãe, a qual passa por alterações no eixo da coluna e ataca o centro de gravidade do corpo.
Com isso, costumam aparecer condições como lordose e hipercifose da coluna vertebral. O aparecimento destes sintomas afetam alguns grupos musculares, os quais apresentam sinais de dor devido à sobrecarga.
De forma geral, a forma como a posição da coluna é alterada ainda deve levar à compressão das raízes nervosas, o que ocasionará cansaço, dor na região lombar, e oscilação na sensibilidade: podem aparecer formigamento nos braços e nas pernas, um sintoma comum de que algo está alterado no conjunto dos nervos. Também é notável que as articulações da bacia fiquem alteradas, o que pode gerar desconforto ao andar.
Com informmações: ACOG e Better Health Channel.
Já assistiu aos novos vídeos no YouTube do Olhar Digital? Inscreva-se no canal!
Fonte: Olhar Digital
Comentários