Em entrevista à Reuters, o presidente da Alphabet, John Hennessy, afirmou que realizar perguntas ao Google Bard chega a custar dez vezes mais do que uma busca tradicional por palavra-chave no Google em si.

Hennessy afirma que o Bard exige poder computacional muito maior que a pesquisa comum do Google — já que é um chatbot alimentado por IA. Dessa forma, é preciso servidores mais potentes, consequentemente mais caros e consumidores de mais energia.

Maior exigência dos componentes significa maior desgaste, levando a troca desses componentes dos servidores com maior frequência. Contudo, a Alphabet não inclui os gastos com profissionais especializados que tomam conta da IA.

A Reuters trouxe um cálculo que leva a crer que o Google poderá ter uma diferença de gastos de bilhões de dólares em alguns anos. Isso, claro, impacta diretamente seu caixa e a necessidade de novas formas de fazer dinheiro.

O custo que o Bard vai trazer é variado, segundo cálculos de analistas. Alguns apostam em US$ 6 bilhões a mais até 2024 – isso se as respostas tiverem cerca de 50 palavras e modelo similar ao do ChatGPT. Outra análise crê em menos – US$ 3 bilhões, mas só se caso um modelo similar ao de busca atual for o adotado.

Para que o custo não impactasse demais ao Google – e as demais empresas de tecnologia, que, assim como o Google, demitiram diversos funcionários -, talvez, em um primeiro momento, seria interessante adotar no Bard um misto do buscador tradicional e o modelo LaMDA.

Contudo, não se sabe como isso funcionaria, mas, segundo Hennessy, dessa forma, os custos da Alphabet e do Google seriam reduzidos temporariamente, até que fosse encontrada uma alternativa mais em conta.

Vale ressaltar que o Bard, ChatGPT, Bing Chat e por aí vai, são gratuitos atualmente. Isso pode acarretar problemas para as empresas, que podem ver na monetização dessas ferramentas uma solução por mantê-las.

Até porque a redução de custos com essas IAs pode significar em menor precisão. Portanto, cobrar por elas pode ser uma saída.

Com informações de Reuters

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