A Warner Bros. e a New Line Cinema estão voltando para a Terra-média, com o estúdio selando um acordo que permitirá o desenvolvimento de mais filmes da franquiaO Senhor dos Anéis.

O acordo plurianual com os detentores de direitos Embracer Group AB permite que a Warner desenvolva recursos baseados nos livros de J.R.R. Tolkien, O Senhor dos Anéis e O Hobbit. A Embracer Group, empresa sueca de jogos, adquiriu os direitos de filmes, jogos, mercadorias, parques temáticos e produções ao vivo de O Senhor dos Anéis quando comprou a detentora dos direitos Middle-earth Enterprises no ano passado da The Saul Zaentz Company.

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O acordo, anunciado durante a chamada para investidores da Warner Bros. Discovery na quinta-feira, ocorre quando o CEO David Zaslav procura garantir a Wall Street que a Warner está muito envolvida na franquia, ao relembrar os dias de glória dos anos 2000, quando o estúdio estava gerando muito dinheiro com as franquias O Senhor dos Anéis, Harry Potter e O Cavaleiro das Trevas. Em novembro, Zaslav disse que gostaria de fazer um acordo com a autora J.K. Rowling por mais Harry Potter, e inicialmente apresentou a ideia de um retorno de O Senhor dos Anéis.

Peter Jackson dirigiu a trilogia O Senhor dos Anéis, lançada entre 2001 e 2003. A série arrecadou US$ 2,9 bilhões combinados nas bilheterias, com O Retorno do Rei ganhando o prêmio de Melhor Filme no Oscar. Jackson voltou a dirigir a trilogia O Hobbit (2012-14). A New Line já tinha o longa de animação A Guerra dos Rohirrim no calendário de 2024.

Os direitos das obras de Tolkien sempre foram um pouco complicados e uma disputa legal de longa data entre a Warner e o espólio de Tolkien durou anos antes de ser resolvida em 2017. Uma nova questão complicada do ponto de vista do consumidor: a Amazon detém os direitos de TV de O Senhor dos Anéis, com sua série com orçamento gigantesco, Os Anéis do Poder, lançada no ano passado.

Por mais que os novos filmes apresentem oportunidades para grandes franquias, eles estarão sob o escrutínio dos fãs, tanto quanto as atuais franquias da Warner, como a DC e Animais Fantásticos.

Entendemos o quanto essas obras são apreciadas e, trabalhando em conjunto com nossos parceiros da New Line Cinema e da Warner Bros. Pictures, planejamos honrar o passado, olhar para o futuro e aderir ao mais alto nível de qualidade e valores de produção.

Lee Guinchard, CEO da Freemode, que faz parte da Embracer

Enquanto isso, os chefes de cinema da Warner Bros., Michael De Luca e Pamela Abdy, sinalizaram que não estão interessados em uma reforma do que Peter Jackson já fez, dizendo em seu próprio comunicado:

Vinte anos atrás, a New Line deu um salto de fé sem precedentes para realizar as histórias incríveis, personagens e mundo de O Senhor dos Anéis na tela grande. O resultado foi uma série histórica de filmes que foram adotados por gerações de fãs. Mas, apesar de todo o escopo e detalhes cuidadosamente embalados nas duas trilogias, o vasto, complexo e deslumbrante universo sonhado por J.R.R. Tolkien permanece amplamente inexplorado no cinema. A oportunidade de convidar os fãs a se aprofundarem no mundo cinematográfico da Terra-média é uma honra, e estamos entusiasmados em fazer parceria com a Middle-earth Enterprises e a Embracer nesta aventura.

Michael De Luca e Pamela Abdy, chefes de cinema da Warner Bros.

Temas e datas para os potenciais novos filmes de O Senhor dos Anéis ainda não foram revelados, mas o acordo pelos direitos – que certamente envolveu milhões de dólares – torna muito provável que eles saiam do papel.