O Brasil é um dos países mais inseguros para se navegar pela internet, e a crise econômica vivida no país fez com que o número de golpes e tentativas de fraudes online só aumentem ano após ano. Dados da empresa de cibersegurança Psafe apontam que há mais de mil tentativas de golpes financeiros por minuto. Porém, manter o dinheiro seguro não é a única razão para buscar combater ataques cibernéticos.

As maiores vítimas de ataques cibernéticos são as empresas, porém, pessoas físicas também podem estar sujeitas a invasões a seus computadores pessoais ou sistemas domésticos, principalmente em um momento em que o home office e o trabalho remoto se tornaram uma realidade por conta do isolamento social ocasionado pela pandemia da Covid-19.

O que os maiores CEOs pensam sobre ataques cibernéticos?

Esse cenário, inclusive, foi colocado para pessoas influentes dentro de suas organizações, como profissionais “C level” (de nível de diretoria, em tradução livre), como Mark Zuckerberg, do Facebook, Tim Cook, da Apple, e Satya Nadella, da Microsoft. Por isso, o Olhar Digital separou algumas dicas dadas por esses profissionais sobre como se proteger de um ataque cibernético ou agir quando não é possível evitar.

Prevenir é melhor que remediar

De acordo com Satya Nadella, CEO da Microsoft desde 2014,após a saída de Steve Ballmer, substituto de Bill Gates no cargo. Segundo Nadella, a melhor maneira de prevenir ataques cibernéticos e agir de maneira proativa no que tange a segurança de uma organização. Além disso, segundo o executivo, os profissionais devem ter planos abrangentes para redução de danos quando as ameaças são inevitáveis.

Investir em uma cultura de segurança

Mark Zuckerberg, CEO da Meta, por sua vez, defende que para defender as empresas de ataques cibernéticos é necessário um trabalho prévio. De acordo com com o executivo, é imprescindível que as empresas tenham uma cultura de segurança da informação, em que os colaboradores, independente de suas posições, entendam que têm um papel na proteção de dados que são sensíveis à organização.

Criptografia como uma aliada

criptografia
(Tim Cook acredita que a criptografia é uma importante aliada para uma navegação mais segura. Imagem: NicoElNino/Shutterstock)

Já segundo Tim Cook, chefe da Apple, empresas e pessoas travam uma espécie de guerra fria contra cibercriminosos, sendo necessário unir forças para conter essas ameaças e proteger a liberdade e privacidade dos cidadãos. Para Cook, a chave para a segurança da informação é a criptografia, que deve ser de amplo conhecimento entre usuários de todos os níveis.

Abordagem multifacetada

Já o ex-CEO da IBM, Ginni Rometty, acredita que para prevenir ataques cibernéticos é necessário unir alguns aspectos, entre eles, estão a tecnologia, os processos e as pessoas envolvidas nas ações exercidas dentro das organizações. O executivo defende que todas as partes envolvidas devem trabalhar em conceitos como melhoria contínua e treinamento em relação a fatores que envolvem cibersegurança.

Conscientização de todas as partes

O principal executivo da Cisco, gigante das redes de computadores, Chuck Robbins, a cibersegurança depende de uma abordagem multifacetada, que tem como principais fatores o foco na conscientização de todas as equipes, não só as que trabalham com T.I. Porém, os times de tecnologia devem ter uma atenção especial em gerenciamento de riscos e saber responder rapidamente a incidentes.

O pensamento de Robbins é corroborado por Sundar Pichai, que desde 2015 ocupa a posição de CEO da Alphabet, controladora do Google e suas subsidiárias. Para o executivo, a segurança é uma responsabilidade de todos que utilizam a internet, sendo que desde os usuários finais dos serviços, até provedores e governos têm um papel a desempenhar na segurança da internet.

Educação digital como uma aliada

Já a diretora de operações da Meta, Sheryl Sandberg, acredita que a chave para evitar ataques cibernéticos está na educação. Segundo ela, as escolas regulares têm um papel importante na capacitação de pessoas em relação à proteção de dados e ferramentas que permitam uma navegação mais segura. Para Sandberg, cada usuário deve ter noção de onde está clicando para evitar ter qualquer tipo de problema.

Podemos contar com a inteligência artificial

(Elon Musk vê uma inteligência artificial programada “com boas intenções” como uma arma contra os cibercriminosos. Imagem: Bret Hartman – flickr/Creative Commons)

Por último, mas não menos importante, Elon Musk, atual CEO do Twitter e fundador da empresa de tecnologia aeroespacial SpaceX, crê que a melhor forma de garantir uma navegação mais segura é o investimento em tecnologias de inteligência artificial. Para o bilionário, sistemas autônomos podem coibir a ação de cibercriminosos, desde que desenvolvidos por pessoas sem intenções maliciosas.

Imagem de capa: Thapana_Studio/Shutterstock

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