Usuários das redes sociais têm reclamado de problemas ao realizar transferências via Pix. De acordo com os relatos, ao realizar uma transferência bancária, eles percebem que o dinheiro foi destinado a outra conta que eles não pretendiam enviar.
De acordo com a empresa de cibersegurança ThreatFabric, foram identificados problemas com clientes de diferentes instituições financeiras do país, como: Nubank, Inter, Bradesco, Itaú, Banco do Brasil, Santander e Caixa Econômica.
Como ocorre a contaminação do dispositivo
Os cibercriminosos buscam contaminar o dispositivo da vítima com o malware através de e-mails, mensagens de WhatsApp, sites maliciosos e SMS. As mensagens geralmente afirmam que o usuário precisa atualizar um programa instalado em seu dispositivo ou preenchimento de formulário.
Toda mensagem com links deve ser encarada com desconfiança pelo usuário. É preciso que ele se certifique de que a origem é um canal oficial de comunicação da empresa. E, uma vez que se tornou vítima da fraude, é preciso que acione imediatamente a instituição financeira
Fernando Guariento, líder de Professional Services do AllowMe, plataforma de prevenção à fraude.
Como é a atuação do malware
Após ser instalado no dispositivo, o malware permite que os usuários visualizem as informações na tela e dados digitados pelos usuários.
Nesse sentido, a prática criminosa é semelhante ao golpe da mão fantasma. A diferença é que, através do BrasDex, o criminoso visualiza todas as informações, mas é o usuário que realiza a transferência sem saber que dados de pagamento foram alterados.
Quando o correntista programa uma transação via PIX, direcionando-a para um de seus contatos, uma nova tela parece carregar, mas trata-se, na verdade, de uma máscara branca, atrás da qual o criminoso está alterando valores e destinatários. Em seguida, o usuário é instado a confirmar a transação, digitando sua senha. Só quando realizada a transferência e emitido o comprovante é que ele se dá conta de que o dinheiro foi para outra pessoa, geralmente um laranja cooptado pela quadrilha.
Fernando Guariento.
Conforme explicou o ThreatFabric em dezembro, o Pix é um sistema de pagamento seguro, porém os cibercriminosos estão se aproveitando dos sistemas bancários de pagamento e problemas do Android para realizar as transferências fraudulentas.
Imagem destaque: rafapress/ Shutterstock
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Fonte: Olhar Digital
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