A transformação digital revolucionou diversos serviços: o comércio, os bancos, os sistemas públicos, possibilitou o home office, a forma de assistir ou ouvir o que desejar. E, agora, chegou de vez à produção de conteúdo. Antes, para exercer essa função, era preciso a criatividade de um humano. Atualmente, não é mais. Isso porque foi lançado ao mercado o ChatGPT, um algoritmo baseado em inteligência artificial que produz textos, letras de música, poesias, contos, códigos de programação, receitas, etc. E ainda oferece ao usuário uma forma de conversar e obter respostas!
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Pautado em redes neurais e Machine Learning, o ChatGPT significa Generative Pre-Trained Transformer (Transformer – o nome da rede neural – Pré-Treinado Generativo, em tradução literal) e tem várias camadas que permitem à plataforma analisar as palavras-chave, o contexto e os diferentes significados dos termos usados. É um modelo extremamente avançado de geração de texto e tem potencial para aprimorar a experiência e os recursos oferecidos pelo Google, Alexa ou Siri, por exemplo.
Vale lembrar que uma pesquisa global recente da IBM mostrou que 41% das empresas brasileiras utilizam alguma forma de Inteligência Artificial em seu dia a dia.
Mas como isso funciona?
Por se tratar de um projeto vindo de uma rede neural, significa que, assim como o cérebro humano, o ChatGPT precisa aprender os dados para conseguir fazer suas combinações e produzir seus textos. Sendo assim, seu principal “professor” é a internet. Tudo o que há de informação nesse ambiente pode ser usado.
No entanto, diferentemente dos mecanismos de busca tradicionais, esse algoritmo pode cruzar informações e padrões, e dar respostas criativas e contextualizadas sobre o assunto. Além disso, também não é necessário acessar um site específico para ter suas demandas respondidas. Ele pode ser integrado a outros aplicativos – como WhatsApp, chatbots de atendimento e até mesmo programas da Microsoft e Google por meio de uma API.
Acesso ao ChatGPT
Atualmente, a sua qualidade não é muito grande, ainda mais em português. Porém, ele está se aperfeiçoando. O algoritmo já conta com recursos que evitam o uso de termos agressivos, chulos e que possam reforçar preconceitos de qualquer tipo.
Outro ponto relevante é que o ChatGPT ainda está em fase beta e só tem informações de até 2021. Por essa razão, pode dar respostas imprecisas e até incorretas, não sendo, assim, 100% confiável.
Por ser um serviço gratuito, há um grande número de acessos, o que faz com que tenha muita instabilidade. Mas já foram criados planos pagos que oferecem acesso prioritário ao algoritmo, mesmo em momentos em que a plataforma está congestionada, por um valor de aproximadamente R$100 mensais.
O impacto no mercado de trabalho e educação
Preocupados com o impacto nas escolas e nas faculdades, os criadores do ChatGPT lançaram uma ferramenta para identificar esses tipos de textos a fim de evitar que trabalhos escolares e acadêmicos fossem feitos desta maneira, impactando negativamente no desenvolvimento educacional. Eles ainda não funcionam muito bem, o que dificulta o trabalho dos professores.
O site BuzzFeed já anunciou a demissão de redatores indicando que vai utilizar o algoritmo para criar listas ou testes. O portal de notícias internacional CNET usou chatbots para textos sobre relatórios financeiros. Não foi bem, uma vez que a publicação continha informações imprecisas.
Ainda é cedo para afirmar que a inteligência artificial irá acabar com profissões criativas relacionadas à produção de conteúdo. Porém, é cada vez mais necessário que os profissionais procurem formas humanizadas de realizarem seus trabalhos. Afinal, a tecnologia evolui com muita rapidez, mas ainda não consegue substituir o ser humano em tudo.
Imagem destacada: Ascannio/Shutterstock
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Fonte: Olhar Digital
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