Não bastando a devastação que o temporal que afetou o Litoral Norte de São Paulo causou, agora boatos e notícias falsas alimentam o caos já instalado na região de São Sebastião. De acordo com informações da Folha de São Paulo, entre as falácias estão que: 

A maioria das fakes news partem especialmente de grupos de WhatsApp e, entre as histórias que não se sustentam quando verificadas com cuidado, está a dos supostos preços altos para itens básicos.

O caso, que circulou com maior força nas redes sociais, terminou em boletim de ocorrência policial: funcionários de um mercado foram ameaçados por populares depois da circulação de um vídeo que acusou a loja de transportar o estoque para áreas nobres, perto da praia, onde seria possível vender mais caro (macarrão a R$ 20 seria o boato). 

Contudo, a reportagem da Folha indicou que apesar de moradores confirmarem a história, ninguém de fato viu os preços nos mercadinhos, apenas reproduziram o que ficaram sabendo. 

Estragos em São Sebastião após fortes chuvas
Imagem: divulgação/Prefeitura de São Sebastião

A equipe foi ao mercado checar os valores, que nas prateleiras marcavam R$ 4,50 para o macarrão Adria e R$ 28 para arroz de 5 kg da Camil (abaixo dos R$ 50 que alguns moradores afirmaram). O galão de água por R$ 40 não foi encontrado no local — uma funcionária disse que o mercado não vende o produto. 

O estabelecimento, que também foi invadido pela lama, esclareceu que ficaram fechados para limpar o mercado, assim, pediram que motoboys levassem os produtos para outros locais em condições de funcionamento — provavelmente a cena gravada no vídeo. 

Chuvas no Litoral Norte 

De acordo com atualização da Defesa Civil, subiu para 54 (53 em São Sebastião e 1 em Ubatuba) o número de mortes após as fortes chuvas e deslizamentos de terra que atingiram o Litoral Norte de São Paulo no último fim de semana.

Trinta e oito corpos já foram identificados e liberados para o sepultamento. As vítimas são 13 homens, 12 mulheres e 13 crianças. Quase uma semana após a tragédia, cerca de 30 pessoas permanecem desaparecidas e mais de 4 mil desalojados ou desabrigados. 

Com informações da Folha de São Paulo e G1