Estudo revela que 22 grupos estão em risco de extinção e outros 62 sob ameaça; população originária representa 41% das pessoas afetadas por emergências humanitárias no país
A coordenadora residente das Nações Unidas na Colômbia, Mireia Villar, alertou nesta sexta-feira, 24, para o risco de extinção de algumas das “comunidades e povos indígenas” do país, vítimas da violência do conflito armado e das catástrofes naturais. “O deslocamento ao qual estão sujeitas, o impacto na sua subsistência, a utilização do território para fins contrários a sua cosmovisão significa que estamos perdendo línguas, pessoas e aproximações à espiritualidade”, lamentou Mireia Villar no lançamento da “Estratégia para promover a gestão humanitária nos povos indígenas”. O documento, elaborado pelo Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), busca realçar a situação humanitária enfrentada pelos povos indígenas da Colômbia, propondo ao mesmo tempo um plano de ação para responder às suas necessidades mais prementes, baseado no diálogo com as autoridades indígenas.
Dos quase 2 milhões de indígenas que vivem na Colômbia, segundo números oficiais, distribuídos em 115 aldeias, cerca de 90 mil pessoas foram vítimas do conflito em 2022 e 10 mil de catástrofes naturais, segundo números do OCHA. O estudo revela que 22 povos estão atualmente em risco de extinção e 62 sob ameaça. Indica também que os povos indígenas representam 41% das pessoas afetadas por emergências humanitárias, como deslocamento e confinamento.
*Com informações da EFE
Fonte: Jovem Pan News
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