Anos após ano são noticiadas tempestades que devastam regiões brasileiras, assim aconteceu em 2021 no Sul da Bahia, em Petrópolis no ano passado e recentemente no Litoral Norte de São Paulo.
Além das mudanças climáticas que influenciam a intensidade das chuvas, as tragédias estão relacionadas a falta de planejamento habitacional, que permitem áreas com moradias agrupadas inadequadamente e agravam os efeitos das fortes chuvas.
Enquanto existe falta de políticas públicas na habitação, algumas tecnologias são fundamentais para auxiliar vítimas e salvar vidas depois das tragédias.
Desastres naturais e a tecnologia como aliada
Como resposta aos desastres naturais, a tecnologia é essencial na localização de vítimas. Atualmente, um dos destaques no monitoramento de desastres naturais são os drones que contam com sensores LiDAR (Light Detection And Ranging).
Conforme explica Tiago Nascimento, membro Sênior do Instituto dos Engenheiros Elétricos e Eletrônicos (IEEE) e professor pesquisador em robótica da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), essa tecnologia permite que os drones possam se localizar melhor em ambientes naturais diversificados.
Os drones tem sido amplamente utilizados no monitoramento de respostas em desastres naturais, isso por que eles são ferramentas que conseguem adentrar como selvas, matas densas, locais onde tiveram acidentes, como usinas nucleares ou deslizamentos de terra, ambientes tóxicos, ambientes que estão prestes a desmoronar, etc.
Como lembra o pesquisador, a utilização de satélites de monitoramento de incêndios florestais já é bem conhecida, pois conseguem ajudar a localizar rapidamente pontos de atenção como incêndios florestais, deslizamentos de colinas e mais. A integração das imagens de satélite com novas tecnologias permitem respostas mais rápidas e efetivas.
Os drones conseguem fazer uma análise muito mais de perto do que as imagens de satélite, sendo que as imagens de satélites dão uma visão muito maior. Mas os drones conseguem visualizar de forma muito rápida amplitude de incêndios florestais e deslizamentos de terra, desmoronamento de edifícios, comprometimento de infraestruturas e mais.
Além dos sensores LiDAR, há uma variedade de tecnologias que compõem os drones atuais. Tiago ressalta que alguns drones contam com câmeras multiespectrais, de longa distância e podem ser configurados com algoritmos de inteligência artificial.
Os algoritmos de inteligência artificial ajudam na detecção de pontos de interesse na busca de pessoas, identificação de corpos parcialmente soterrados e pontos de calor dentro da mata.
Fonte: Olhar Digital
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