Sexta-feira, Dezembro 5, 2025
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Ataques DDoS atingem provedores de internet cariocas, deixando clientes sem conexão

tela de computador exibindo alarme de ataque ddos

Operadoras regionais de internet banda larga do Rio de Janeiro vêm sofrendo com constantes ataques DDoS desde o fim do mês passado. Os ataques vêm gerando lentidão e até interrompendo a conexão de seus clientes. Contudo, há relatos de ocorrências em outros estados brasileiros.

Algumas dessas operadoras vieram a público e comentaram o assunto. Uma delas é a MS Fibra, localizada em Angra dos Reis (RJ). Segundo a operadora, pelo menos 22 provedores já foram afetados.

Outros provedores também falaram sobre o assunto. A OK Virtual, da Região dos Lagos, confirmou a possível indisponibilidade de seus serviços e registrou aumento nos contatos telefônicos de seus clientes.

A Entra Telecom, de Arraial do Cabo (RJ), indicou que os ataques DDoS estão afetando a operadora que fornece seu link de conexão. A K1 Fibra, que atua em Cachoeiras de Macacu (RJ) e Guapimirim (RJ), alegou que, desde 27 de fevereiro, seu serviço vem apresentando instabilidade.

Por fim, a Voar Telecom, presente em Jaconé (RJ) e Tanguá (RJ), também vem sofrendo com lentidões desde o dia 27. Contudo, vem tendo problemas para achar a localização dos ataques, não sendo capaz de contê-los em sua totalidade.

A Abrint (Associação Brasileira de Internet) espera conseguir auxiliar os provedores entre 15 e 20 dias, mas não se sabe ao certo qual seria a solução a ser adotada.

Como funciona um ataque DDoS e por que ele afeta tanto os pequenos provedores?

O Ataque de Negação de Serviço Distribuído (Distributed Denial of Service, em inglês) se dá pela alta quantidade de solicitações de acesso a um servidor, app ou site realizadas por um ou mais hackers, com o objetivo de deixá-los lentos ou, até, derrubá-los. Os dispositivos utilizados pelos atacantes costumeiramente têm um malware consigo.

Os DDoS são executados para diversos fins, desde “apenas” para interromper um serviço online, até roubar informações confidenciais e até exigir um resgate. Interesses políticos e comerciais também podem motivar a ação.

Os pequenos provedores, como os do Rio de Janeiro, são muito importantes para a popularização da banda larga no Brasil. Eles representam metade dos acessos dos brasileiros, chegando a regiões nas quais as grandes operadoras não chegam.

O problema é que, como costumam comprar links das principais operadoras, eles sofrem com pouca disponibilidade de endereços IPv4, o que facilita aos atacantes a realizar o DDoS a escassez desses endereços força os provedores a compartilharem um IPv4 com mais de um cliente, prática essa chamada de CGNAT. Grandes operadoras, como Claro, Vivo e TIM, não sofrem com este problema, por terem grandes blocos de endereços IPv4.

Com informações de Multiplix

Imagem destacada: Frame Stock Footage/Shutterstock

Fonte: Olhar Digital

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