O ICO (Escritório Regulador de Informações britânico – Information Commissioner’s Office, em inglês) disse, nesta quarta-feira (1), que poderá acusar formalmente a Alphabet de, por meio do YouTube, coletar dados ilegalmente de milhões de crianças inglesas.
A acusação partiu do pai de Duncan McCann, garoto de três anos, que lidera a ação e que tem apoio de seu empregador, a empresa advocatícia 5Rights. Eles afirmam que o YouTube infringiu a lei recém-implementada ao coletar “a localização, hábitos de visualização e preferências” de até cinco milhões de crianças.
McCann pai disse, em testemunho, que o YouTube deveria mudar o design de sua plataforma e deletar dados que foram coletados. “É um massivo e não-licenciado experimento social com nossas crianças com consequências incertas”, afirmou.
Um porta-voz do YouTube afirmou que já foram dados passos para reforçar a privacidade infantil com configurações-padrão mais protetivas, e fez investimentos para proteger crianças e famílias lançando um app dedicado às crianças e introduzindo novas práticas de dados.
Continuamos comprometidos em continuar nosso envolvimento com a ICO nesse trabalho prioritário e com outras partes interessadas importantes, incluindo crianças, pais e especialistas em proteção infantil.
Porta-voz do YouTube, em declaração
O ICO afirmou que vai considerar a reclamação com cuidado. “O código infantil deixa claro que as crianças não são como os adultos online e seus dados precisam de proteções significativas”, disse o vice-comissário da ICO de supervisão regulatória, Stephen Bonner, em comunicado.
O código das crianças britânicas exige que os provedores atendam a 15 padrões de design e privacidade para proteger as crianças, incluindo limitar a coleta de sua localização e outros dados pessoais.
Em 2019, o YouTube foi multado em US$ 170 milhões pela Comissão Federal de Comércio dos EUA (FTC) para resolver as acusações de que infringiu a lei federal ao coletar informações pessoais sobre crianças.
Com informações de Reuters
Imagem destacada: Shutterstock
Fonte: Olhar Digital
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