Uma nova imagem impressionante realizada pelo Telescópio Espacial James Webb revelou um fenômeno previsto a mais de 100 anos atrás por Albert Einstein, as Lentes Gravitacionais.
As lentes gravitacionais são previstas na Teoria da Relatividade Geral, onde a massa é capaz de distorcer o espaço-tempo. Quanto maior a massa de um objeto espacial, maior será a distorção causada por ele. Essa deformação também afeta a passagem da luz.
A deformação acontece à medida que a luz do objeto de fundo passa pelo corpo em primeiro plano, conhecido como lente gravitacional. A distorção pode ser tão grande, a ponto de ampliar os objetos mais longe ou até mesmo fazer com que luz percorra diferentes caminhos em diferentes momentos e crie várias imagens da mesa estrela, ou galáxia, no céu. O que é muito útil para os astrônomos.
A imagem feita por Webb
Na imagem realizada pelo James Webb, a lente gravitacional é uma aglomerado de galáxias conhecido como RX J2129. Ele está localizado a cerca de 3,2 bilhões de anos-luz da Terra, na constelação de Aquário. Ao seu fundo uma supernova de cor vermelha em uma galáxia pode ser observada.
A supernova foi descoberta através de observações realizadas pelo Telescópio Espacial Hubble, e ela foi classificada como do tipo Ia e chamada de AT 2022riv. Esse tipo de supernova é também conhecida como “velas padrão” e graças a sua luminosidade sua distância da Terra pode ser definida.
Por causa da lente gravitacional do aglomerado galáctico RX J2129, a galáxia hospedeira da supernova pode ser observada em três momentos, posições, tamanho e idade diferentes. Isso por causa dos diferentes caminhos percorridos pela luz em diferentes tempos, mas que chegam juntos nas lentes do James Webb.
A supernova pode ser observada na imagem em que a luz percorreu o maior caminho, e portanto é a mais antiga. Nas outras imagens formadas, a galáxia hospedeira pode ser vista 320 e 1000 dias depois da primeira, e a AT 2022riv não é mais avistada.
As observações realizadas pelo James Webb foram feitas pelo sensores Near-Infrared, que observa infravermelho próximo. Ele permitiu medir o brilho da supernova e compará-la com outras explosões de estrelas do tipo Ia. Além disso, as observações também podem ser utilizadas para testar a precisão de medir distâncias através de supernovas.
Fonte: Olhar Digital
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