O Benfica perdeu Enzo Fernández antes do planejado, mas nem mesmo a saída de um dos destaques de 2022/23 tem atrapalhado a temporada encarnada. O time lisboeta ainda não sabe o que é perder em casa e pode, hoje, no estádio da Luz, confirmar sua melhor campanha na história moderna da Liga dos Campeões, com início em 1992.
A vantagem para esta terça-feira é toda do Benfica. O jogo de ida contra o Club Brugge, disputado na Bélgica, terminou com vitória por 2 a 0. Para os belgas avançarem será preciso derrotar o rival em Lisboa, algo que até o momento nenhum rival conseguiu fazer em 2022/23.
Entre os clubes que disputam a Liga dos Campeões, apenas o Bayern de Munique acompanha o Benfica sem derrotas em casa. Mas nem mesmo o gigante bávaro tem aproveitamento tão positivo. O time lisboeta empatou apenas duas partidas na Luz: um 1 a 1 em duelo duro com o Paris Saint-Germain e um 2 a 2 no clássico com o Sporting, outro grande clube da capital portuguesa.
O Benfica já foi dos mais poderosos clubes da Europa. Na década de 1960 conquistaram um bicampeonato (61 e 62) e ainda foram vice-campeões em três oportunidades (63, 65 e 68). Mas o aumento da desigualdade financeira para os grandes polos no futebol globalizado moderno cobrou o seu preço para o clube português, que passou toda a era moderna da Liga dos Campeões como mero coadjuvante, atrás inclusive do rival Porto, campeão em 2003/04. Uma situação que pode estar chegando ao fim.
A temporada 2022/23 tem sido especial para o Benfica, e não apenas pela liderança folgada de oito pontos sobre o Porto na Liga Portuguesa. Vencer o campeonato luso não é novidade, numa luta que frequentemente tem sido de dois com os Dragões, com o Sporting enfraquecido no século. Mas poucos esperavam o sucesso encarnado na Liga dos Campeões em um grupo em que disputava posição com PSG e Juventus – a liderança ficou para o time luso.
Ao todo foram cinco vitórias e dois empates (ambos contra o PSG). Um empate contra o Brugge basta para o Benfica avançar para as quartas e também para garantir sua melhor campanha desde 1992, na “Era Champions”. Afinal, o clube chegou ao máximo nas quartas de final, e a melhor campanha foi em 2015/16, com 5 vitórias, 2 empates e 3 derrotas. Mesmo sendo derrotado nas quartas, o time comandado pelo alemão Roger Schmidt terá aproveitamento superior.
Mais importante para o Benfica é o retorno da consistência no maior palco do futebol europeu. O clube já havia atingido as quartas de final no ano passado, eliminado com placar agregado apertado de 3 a 2 para o Bayern de Munique. Como natural em qualquer competição mata-mata, manter-se na disputa é fundamental para sonhar com títulos. Muitas vezes basta aproveitar o embalo de uma sequência de bons resultados, com um toque de sorte, para derrubar favoritos.
O Benfica quer voltar a ser potência na Europa. A Juve já ficou pelo caminho em 2022/23, o Brugge pode cair nesta terça. Quem será o próximo?
Fonte: Ogol
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