A Volkswagen confirmou que vai está suspender os planos de construir uma fábrica de baterias na Europa Oriental para priorizar uma nova planta na América do Norte. O motivo são os incentivos da Lei de Redução da Inflação, adotada nos Estados Unidos no ano passado.

Essa lei, que também ficou conhecida pela sigla em inglês IRA (“Inflation Reduction Act“), foi anunciada em agosto passado pelo governo Biden. Seu objetivo, como o nome diz, é diminuir a inflação por meio de investimentos na área de energia, o que também beneficia as empresas que manufaturam baterias.

O que diz a Volkswagen

A montadora alemã anunciou a decisão nesta quarta-feira (8) e estima que as novas instalações podem render de 9 a 10 bilhões de euros em subsídios. “Estamos avançando muito mais rápido na América do Norte”, acrescentou um fonte interna à Reuters

Planos da montadora

“Mantemos nosso plano de construir fábricas de células na Europa até 2030, mas para isso precisamos das condições estruturais corretas”, disse a VW.

Um porta-voz declarou que a montadora “ainda está avaliando locais adequados” para suas novas fábricas de células de baterias, tanto na Europa quanto na América do Norte. “Nenhuma decisão foi tomada ainda”.

A primeira das seis fábricas será na Suécia, com participação de 20% da VW. Uma segunda, na Alemanha, será construída até 2025 em parceria com a chinesa Gotion High-Tech, 26% será da montadora. Em março do ano passado, também foi escolhido um local na Espanha para uma terceira fábrica.

Europa em risco?

O membro do conselho da Volkswagen, Thomas Schmall, postou recentemente no LinkedIn que a Europa corre o risco de perder “a corrida por bilhões” de investimentos nos próximos meses se nada fizer para combater as condições mais atraentes oferecidas pelos americanos.

O executivo disse que participou de uma discussão com autoridades da UE sobre condições necessárias para a produção de baterias no Velho Continente, o que incluiu principalmente ajuda estatal equiparada ao que é oferecido na China e na América do Norte.

Imagem principal: askarim/Shutterstock

Via: Reuters

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