O foguete Terran 1, da startup americana Relativity Space, pode até parecer comum em um primeiro momento, mas ele tem uma característica única que o difere de todos os outros modelos e que, se bem sucedida, pode reduzir os custos para ir ao espaço: este é o primeiro grande foguete impresso em 3D no mundo.
Claro, antes de pensarmos se a indústria espacial vai ser modificada com isso, primeiro é preciso saber se o Terran 1 funciona. A boa notícia é que podemos saber disso hoje. O lançamento está marcado para acontecer nesta quarta-feira (8), na base de Cabo Canaveral, na Flórida.
Projetado e impresso nos EUA, o Terran 1 é o produto mais inovador que surgiu da indústria aeroespacial desde o início da privatização do espaço há 20 anos
Relativity Space em nota
Ainda de acordo com seus representantes, o foguete cujo corpo é 85% impresso 3D, é um dos menores modelos orbitais de toda a indústria espacial. Ele foi projetado para elevar até 1.250 quilos na órbita baixa da Terra, e a empresa está cobrando US$ 12 milhões por voo. Para efeito de comparação, o Falcon 9, da SpaceX, pode colocar mais de 22.000 quilos em órbita, mas custa cerca de US$ 67 milhões por voo.
Foguete impresso em 3D passa por primeiro grande teste
As semelhanças com o Falcon 9 estão também na reutilização. Assim como o foguete da SpaceX, o Terran 1 deve ser totalmente reutilizável. No entanto, todo esse discurso deve ser colocado à prova no teste de hoje.
Aliás, apesar do lançamento marcado, a startup optou por não realizar o teste de fogo estático, normalmente o último grande procedimento de teste antes da decolagem, onde os motores são queimados com o veículo preso ao solo. Com isso, as chances de falha durante o lançamento aumentaram.
“Ao não concluir o disparo estático, aceitamos o aumento da probabilidade de abortar em nossa primeira tentativa de lançamento, mas se todos os sistemas estiverem funcionando normalmente, preferimos liberar e lançar durante nossa próxima operação do que continuar a usar o veículo por meio de testes adicionais no chão”, disse o representante da empresa ao New Scientist.
Ou seja, nem a startup tem certeza se seu foguete vai sair do chão hoje. O Terran 1, se funcionar, será capaz de colocar satélites em órbita e levar outros objetos ao espaço, mas hoje estará completamente vazio. O objetivo final da empresa é chegar em Marte, com o Terran R, de 66 metros, que tem seu primeiro teste marcado para 2024.
Fonte: Olhar Digital
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