A Relativity Space tentou lançar na noite da última quarta-feira (9) o Terran 1, conhecido por ser o primeiro foguete impresso em 3D do mundo. No entanto, as coisas não saíram como o planejado e a decolagem foi abortada.
O cancelamento ocorreu poucos segundos antes do fim da contagem regressiva e foi causado por problemas de temperatura. O cronômetro chegou a ser pautado antes, durante a tarde, para a correção de problemas, o que fez com que o horário atrasasse consideravelmente. Com isso, ficou inviável uma nova tentativa ainda ontem.
“Estamos limpando as operações de lançamento do dia, obrigado por jogar” o diretor de lançamento da empresa durante a contagem regressiva.
“Embora obviamente tivéssemos grandes esperanças de enviar nosso Terran 1 hoje, continuaremos a adotar uma abordagem comedida para que possamos finalmente ver este foguete chegar ao Max Q e além”, disse Arwa Tizani Kelly, programa técnico de teste e lançamento gerente do Relativity Space
A startup vai realizar uma nova tentativa de lançamento de seu polêmico foguete impresso em 3D no próximo sábado (11), em sua plataforma de lançamento da Flórida na Força Espacial de Cabo Canaveral. A janela começa às 15h (horário de Brasília) e se encerra às 18h.
Terran 1, o primeiro foguete impresso em 3D
De acordo com a empresa, o foguete cujo corpo é 85% impresso 3D, é um dos menores modelos orbitais de toda a indústria espacial. Ele foi projetado para elevar até 1.250 quilos na órbita baixa da Terra, e a empresa está cobrando US$ 12 milhões por voo. Para efeito de comparação, o Falcon 9, da SpaceX, pode colocar mais de 22.000 quilos em órbita, mas custa cerca de US$ 67 milhões por voo.
As semelhanças com o Falcon 9 estão também na reutilização. Assim como o foguete da SpaceX, o Terran 1 deve ser totalmente reutilizável. No entanto, todo esse discurso deve ser colocado à prova no teste de hoje.
Aliás, apesar do lançamento marcado, a startup optou por não realizar o teste de fogo estático, normalmente o último grande procedimento de teste antes da decolagem, onde os motores são queimados com o veículo preso ao solo. Com isso, as chances de falha durante o lançamento aumentaram.
O Terran 1, se funcionar, será capaz de colocar satélites em órbita e levar outros objetos ao espaço, mas hoje estará completamente vazio. O objetivo final da empresa é chegar em Marte, com o Terran R, de 66 metros, que tem seu primeiro teste marcado para 2024.
Fonte: Olhar Digital
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