Materiais supercondutores seriam muito úteis para melhorar tecnologias que existem atualmente, de forma a conseguir conduzir correntes elétricas sem desperdício de energia transformada em calor. Agora, um grupo de cientistas anunciou um importante avanço na área.
A publicação sobre esse novo material saiu na revista Nature e foi realizada por físicos da Universidade de Rochester, liderados pelo pesquisador Ranga Dias.
Por que é importante? Caso o material realmente seja confirmado como um supercondutor por outros pesquisadores, ele poderá ser usado para, por exemplo, construir computadores mais eficientes, trens mais rápidos e até mesmo reatores de fusão nuclear mais poderosos.
No entanto, apesar de ser revolucionário, ainda existem muitas etapas para que a eficácia do material realmente seja comprovada. Principalmente porque a mesma equipe que apresentou o reddmatter, já havia apresentado outro material em 2020, com as mesmas propriedades em um artigo também na Nature. O conteúdo posteriormente foi retirado da revista por causa de problemas com reprodutibilidade e questões sobre os dados.
Materiais supercondutores: o que são?
Os materiais supercondutores são úteis por conseguirem conduzir eletricidade sem encontrar fricção pelo caminho. Eles foram descobertos em 1911, quando pesquisadores descobriram que determinados materiais perdiam a resistência em condições de frio e pressão extremas.
Em materiais supercondutores, os elétrons passam a agir de formas diferentes em determinadas condições. O comportamento quântico deles se fortalece e passa a formar Pares de Cooper, o que permite que eles se movam pelo material de forma perfeita.
No entanto, conseguir essas características em condições eficientes e práticas de temperatura e pressão, é algo que dificulta o desenvolvimento dos supercondutores e que tem sido trabalho de físicos a bastante tempo.
O reddmatter é diferente
Mas o reddmatter conseguiu chegar perto. O material foi produzido a partir de um gás com 99% de hidrogênio e 1% de nitrogênio postos em uma câmera de pressão a 200° graus Celsius por alguns dias junto com o lutécio.
O resultado foi o material azul que ao ser colocado em extrema pressão sob uma bigorna de diamante mudou de cor. Apesar de ser o mais próximo de um supercondutor eficaz, o reddmatter apresenta problemas para seu uso no dia a dia devido as condições de pressão exigidas para seu funcionamento.
Outro problema do supercondutor, é que os pesquisadores não sabem ao certo como funciona o material. Existem indícios de que a falta de resistência dele não é ocasionada pela formação de Pares de Cooper, mas sim por outro mecanismo ainda desconhecido.
No entanto, os cientistas acreditam que mesmo que o reddmatter não seja o supercondutor ideal, ele é um passo importante para o desenvolvimento de materiais com essa característica.
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Fonte: Olhar Digital
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