Em meio à crise que vem passando, o SVB (Silicon Valley Bank) teve sua unidade do Reino Unido adquirido por quantia simbólica de uma libra esterlina (R$ 6). Na compra, estão inclusos empréstimos de 5,5 bilhões de libras e depósitos de 6,7 bilhões de libras.
Dessa forma, o SVB poderá prosseguir suas atividades no Reino Unido. O governo local esteve diretamente ligado à negociação.
Ela [a compra] fortalece nossa franquia de banco comercial e melhora nossa capacidade de servir empresas inovadoras e em rápido crescimento.
Noel Quinn, CEO do Grupo HSBC
Falência do banco pode afetar dez mil startups
A falência do SVB deve afetar a indústria tecnológica em vários países. A aceleradora Y Combinator calcula que, de cara, cerca de dez mil startups de pequeno e médio porte serão afetadas.
Como elas não poderão movimentar o que têm em conta após a quebra do banco, elas não poderão pagar os funcionários no próximo mês, levando a deixar 100 mil trabalhadores sem receber.
Assim, os contratos desses trabalhadores podem ser suspensos temporariamente, ou mesmo a redução parcial de jornada e de salários. Ainda, uma onda de demissões pode ocorrer.
No domingo (12), a Y Combinator pediu para a secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, intervenção governamental, pois, em petição, a empresa indica que um terço das marcas que ela atende só tem conta no SVB.
São quase 37 mil pequenas empresas com depósitos de mais de US$ 250 mil. Os valores podem ficar indisponíveis entre meses e anos. Valores iguais ou inferiores a US$ 250 têm proteção do governo, similar ao que ocorre no Brasil. Ainda nesta semana, as quantias poderão ser sacadas.
“Se permitirmos que aconteça [impossibilidade de saque dos valores acima de US$ 250 mil], isso afetará imediatamente a indústria de tecnologia e a competitividade dos EUA em todo o mundo e, por fim, atrasará a competitividade dos EUA em uma década ou mais, enquanto o resto do mundo avança”, indica a petição.
Imagem destacada: Sundry Photography/Shutterstock
Fonte: Olhar Digital
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