Fascinantes e assustadores, os vulcões fazem parte do dia a dia do planeta há bilhões de anos. Como outros fenômenos naturais, sua atividade por vezes é imprevisível e pode provocar grande destruição. Abaixo, listamos cinco das maiores erupções vulcânicas da história, algumas delas há milhares de anos, outras mais recentes, de décadas atrás.
Tambora, Indonésia (1815)
Entre os dias 5 e 10 de abril de 1815, o mundo presenciou a maior erupção em séculos, que afetou até mesmo o clima global. Atingido o nível 7 no Índice de Explosividade Vulcânica, a erupção do Monte Tambora, na Indonésia, durou meses e cessou apenas no dia 15 de julho daquele ano. Cerca de 100 mil pessoas morreram em decorrência da erupção, que expeliu milhões de toneladas de cinzas vulcânicas e de dióxido de enxofre em direção à atmosfera, o que provocou o chamado ano sem verão, em 1816. Por conta das cinzas, que se espalharam em todo o planeta, refletindo a luz solar, as temperaturas caíram drasticamente.
Krakatoa, Indonésia (1883)
Localizada no Círculo do Fogo do Pacífico, a Indonésia concentra boa parte da atividade vulcânica do planeta e tem a erupção da Krakatoa como uma das mais trágicas e destrutivas. Tudo começou com a primeira de uma série de erupções iniciada em 26 de agosto de 1883. A sucessão de explosões durou cerca de 22 horas e as pedras expelidas pelo vulcão chegaram a alcançar 22 km de altura. Além disso, foram gerados inúmeros tsunamis, nos oceanos Índico e Pacífico. Ao todo, foram 32 mil pessoas mortas, além de toda forma de vida vegetal e animal da ilha. O evento também provocou mudanças climáticas em decorrência da nuvem de poeira que alcançou a atmosfera. Estima-se que a temperatura global caiu 1 ºC por conta dos gazes e das partículas lançadas na atmosfera.
Vesúvio, Itália (79 a.C.)
Mais conhecido pela ocorrência de 79 a.C., Vesúvio teve outras erupções, a última delas em 1944. No entanto, foi a de 79 a.C. que entrou para a história. Toda a população local, cerca de duas mil pessoas, morreu. Embora seja comum a ideia de que foi a lava que vitimou diretamente os habitantes, as mortes foram decorrentes do fluxo piroclástico, uma mistura de fragmentos de lava solidificada, cinzas vulcânicas e gases em alta temperatura que sai durante a erupção. Essa nuvem de partículas provocou a asfixia das pessoas; outras, provavelmente, foram mortas atingidas por pedras expelidas.
Pinatubo, Filipinas (1991)
Originalmente com 1,8 mil metros de altura, o Monte Pinatubo, nas Filipinas, ficou com 1,4 mil metros após a explosão ocorrida em 9 de junho de 1991. Graças a uma comunicação prévia a respeito da iminência da erupção, os moradores do local puderam evacuar do local a tempo. Ainda assim, cerca de 800 pessoas morreram. Além disso, as cinzas e gases expelidos cobriram mais de 40% do planeta após a erupção. Alguns dos efeitos atmosféricos foram chuvas torrenciais nos EUA, inverno intenso na Nova Zelândia no ano seguinte, além de uma série de ciclones na ilha onde está Pinatubo.
Yellowstone, EUA (640 mil anos atrás)
Não é por acaso que Yellowstone é considerado um supervulcão. Estima-se que sua caverna tem 90 km de largura e entre 2 e 15 km de altura. A sua última erupção, 640 mil anos atrás, levou cinzas a cobrirem os céus de praticamente toda a América do Norte e deu origem à caldeira que pode ser vista no Parque Nacional de Yellowstone. Embora o vulcão ainda esteja ativo, uma erupção nos próximos séculos é improvável. Alguns pesquisadores acreditam que as erupções do local ocorram a cada cerca de 700 mil anos.
Fonte: Discover Magazine
Fonte: Olhar Digital
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