Pesquisadores da British Antarctic Survey (BAS), na Antártica, revelaram as primeiras imagens de um iceberg gigante que se desprendeu do continente antártico em janeiro. Na gravação aérea, é possível ver o enorme tamanho da plataforma de gelo.
O iceberg se desprendeu da plataforma Brunt, na Antártica, quase dez anos depois que a primeira rachadura foi detectada. Agora, ele está flutuando pelo Mar de Weddell. Mesmo que o desprendimento de plataformas de gelo estejam ligados a processos naturais, o fenômeno pode trazer grandes consequências.
Um iceberg deste tamanho terá um grande impacto nos ecossistemas oceânicos que sustentam a rica diversidade da fauna marinha encontrada nesta região da Antártica. Esses impactos podem ser positivos e negativos.
Geraint Tarling, ecologista, em resposta a ScienceAlert
A BAS atua na Antárctica a partir da Estação de Pesquisa Halley VI, da Grã-Bretanha, que foi realocada devido ao desprendimento do iceberg. Ela foi movida cerca de 23 quilômetros entre 2016 e 2017 depois que dados de satélite e GPS revelaram que a rachadura que formou o A81 estava se ampliando.
Atualmente, o iceberg A81 flutua a cerca de 150 quilômetros de onde estava preso no continente. Ele é monitorado junto a outras plataformas de gelo, inclusive uma que possui quase o dobro de seu tamanho, a A76.
Icebergs tão grandes, quando derretem, liberam enormes quantidades de nutrientes que servirão de alimentos para seres microscópicos — como os fitoplânctons e os zooplânctons, que são a base das cadeias alimentares oceânicas. Ao mesmo tempo, o derretimento dos icebergs libera enorme quantidade de água doce no oceano, o que altera a salinidade da água e torna o ecossistema desfavorável a algumas espécies.
O monitoramento do A81 indica que ele provavelmente seguirá a corrente costeira da Antártica até derreter completamente.
Fonte: Olhar Digital
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