Roberto Mancini, treinador da seleção italiana, buscará na América do Sul um reforço para seu ataque. Mateo Retegui, atacante de 23 anos do Tigre, deve estar na lista de convocados para os próximos compromissos da azzura.
Retegui pertence ao Boca Juniors e está emprestado ao modesto clube argentino. Em 2023, são oito jogos com seis gols marcados. No clube desde 2020, são 29 tentos em 50 partidas. Antes do Tigre, o atacante passou por empréstimos no Talleres e também no Estudiantes. Nascido na Argentina, o jogador tem avós italianos e por isso, pode defender o país.
“Já o acompanhamos há algum tempo. É um jovem que está há dois anos disputando o Campeonato Argentino. Ele tem qualidades que nos faltam. Pensávamos que ele não queria vir, mas ele imediatamente disse sim e nós o convocaremos”, explicou Mancini à DAZN.
Há preocupação de Mancini com o setor ofensivo da sua seleção. Immobile está lesionado e Raspadori também não deve estar disponível. Scamacca voltou recentemente de lesão e Belotti joga pouco pela Roma – sendo preterido por Tammy Abraham e Paulo Dybala. Por isso, o selecionador precisa ser criativo para achar soluções. Retegui deve ser acionado, assim como Andrea Compagno, do Steaua Bucaresti e Wilfried Gnonto, do Leeds United.
“Quase todos os nossos atacantes centrais jogaram muito pouco nos últimos meses. Não temos nenhum que seja titular, com exceção de Gnonto, que pode atuar como centro-avante. Fora isso, estamos mal”, disse ao jornal Il Messaggero.
O pai de Retegui falou a veículos italianos que o jogador está animado para defender a azzurra. Ele também falou que o filho se inspira em nomes como Vieri, Batistuta, Ibrahimovic e Haaland. O atacante supre exatamente a carência apontada por Mancini – é centroavante de ofício, com boa presença de área, finaliza com as duas pernas e com 1.86m, pode também ajudar no jogo aéreo. Na carreira profissional, são 41 gols em 141 jogos.
Na história da seleção italiana, foram 25 jogadores nascidos na Argentina que já defenderam o país da bota dentro das quatro linhas. Os exemplos são dos mais variados de sucesso como Mauro Camoranesi, que foi campeão mundial até os esquecíveis Daniel Osvaldo e Franco Vázquez.
Nos anos início do século passado, quando a Fifa tinha regras mais flexíveis para deliberar sobre o assunto, mais jogadores foram convocados. Omar Sívori, que chegou a ser eleito o melhor jogador da Europa em 1961, defendeu ambas seleções.
Luis Monti, meio-campo, foi vice-campeão mundial com a Argentina em 1930 e campeão mundial com a Itália em 1934. Assim como ele, Attilio Demaría, Enrique Guaita e Raimundo Orsi nasceram na Argentina e foram campeões mundiais com a Itália no mesmo torneio.
Fonte: Ogol
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