Os painéis solares que flutuam sobre as águas funcionam de forma parecida com os terrestres — através da energia solar fotovoltaica —, mas ainda estão sendo estudados. Por ser uma tecnologia mais recente, ela ainda representa muito pouco: os painéis aquáticos geram o equivalente a 1% do que as fazendas solares terrestres alcançam.
Segundo uma pesquisa publicada na Revista Nature Sustainability, cientistas apontam que, pelo menos 6.256 cidades em 124 países poderiam ser beneficiadas com a energia elétrica gerada através de painéis solares implantados em reservatórios de água. Para isso, bastaria que eles fossem colocados perto das residências que abasteceriam.
Para isso, os painéis precisariam cobrir cerca de 30% da superfície da água da região. Durante esse estudo, os pesquisadores analisaram 114.555 reservatórios em todo o mundo usando vários bancos de dados e modelando a geração potencial de energia com dados climáticos reais.
Além do aproveitamento elétrico, essa análise também apontou que, com essa tecnologia, seria possível economizar muita água — graças às matrizes flutuantes que podem bloquear a luz solar de forma suficiente para reduzir a evaporação.
Os principais benefícios dos painéis solares flutuantes
Embora todos os pontos até aqui sejam positivos, os pesquisadores ainda precisam analisar cautelosamente cada reservatório para evitar efeitos colaterais negativos. Cobrir muito do reservatório com painéis solares, por exemplo, pode resultar em menos oxigênio na água — prejudicando os peixes e outros animais.
Alguns projetos solares flutuantes já estão sendo colocados em prática em algumas regiões. O exército americano foi pioneiro na implementação. Além dele, a Coreia do Sul possui mais de 92 mil painéis solares flutuando no topo de um reservatório no condado de Hapcheon.
Com informações de The Verge
Imagem Destacada: SeongJoon Cho
Fonte: Olhar Digital
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