Uma forte erupção solar desencadeou uma ejeção de massa coronal (CME) na madrugada de segunda-feira (13), por volta da 1h36 (pelo horário de Brasília). O evento se deu no lado oposto do Sol em relação à Terra, de frente para onde está localizada a sonda Solar Parker, da NASA.
Isso quer dizer que a espaçonave, que está prestes a fazer seu 15º sobrevoo próximo da nossa estrela, tem chances de ter sido atingida.
Enquanto os cientistas ainda estão coletando dados para determinar a fonte da erupção, acredita-se que a CME veio da região ativa AR3234. Essa mancha solar estava voltada para a Terra do fim de fevereiro até o início de março, período em que desencadeou quinze explosões moderadamente intensas de classe M e uma poderosa explosão de classe X.
Abaixo, uma simulação da CME mostra a erupção do Sol (localizado no meio do ponto branco central) e o jato passando por Mercúrio (ponto laranja). A Terra é o círculo amarelo localizado na posição das 3h.
A sonda Parker está atualmente a caminho do periélio (ponto mais próximo do Sol), onde vai chegar a cerca de 8,5 milhões de quilômetros da estrela – o que é esperado para sexta-feira (17).
Na última segunda (13), a espaçonave enviou um tom de sinal verde mostrando que está em seu modo operacional nominal. Os cientistas e engenheiros estão aguardando o próximo download de dados, que ocorrerá após a aproximação máxima, para saber mais sobre este evento CME e quaisquer impactos potenciais na sonda.
Esse evento recente classifica-se como uma CME de halo, porque parece se espalhar uniformemente a partir do Sol em anel ao redor da estrela. As CMEs de halo dependem da posição do observador, ocorrendo quando a erupção solar está alinhada diretamente para a Terra ou, como neste caso, diretamente para longe do nosso planeta.
Impactos da CME disparada pelo Sol são sentidos na Terra
Embora a CME tenha entrado em erupção do lado oposto do Sol, seus impactos foram sentidos na Terra. À medida que as CMEs explodem pelo espaço, elas criam uma onda de choque que pode acelerar as partículas ao longo do caminho da CME a velocidades incríveis, da mesma forma que os surfistas são empurrados por uma onda.
Conhecidas como partículas energéticas solares (SEPs), essas partículas rápidas podem fazer a viagem de 150 milhões de km do Sol para a Terra em cerca de 30 minutos.
Dependendo da potência com que chegam por aqui, as CMEs desencadeiam tempestades geomagnéticas na atmosfera de maior e menor proporção. Essas tempestades geram belas exibições de auroras, mas também podem causar apagões de energia e até mesmo derrubar satélites da órbita.
Fonte: Olhar Digital
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